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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sonnets from the portuguese




Minha mãe, que Deus a tenha, era uma fã de poemas, de livros, de contos, de enciclopédias.Naquela época da minha infância, vinha uma pessoa em casa vender todo tipo de livros, verdadeiras "passagens de viagem" para qualquer lugar.


Eu era jovem quando ela comprou um livro falando sobre Grandes personalidades do nosso mundo. Tinha a estória de Kublay Khan, o neto de Gengis Khan..tinha Edson, Marconi, o casal Currie e tantos outros. Viajei por toda parte do mundo, olhando pela minha mente estes seres vivendo e marcando a estória com seus atos, suas realizações.


Amava sentar-me com este livro e viajar. Mas uma destas estórias me marcou profundamente, um nível que eu ainda não entendi. Talvez eu seja mesmo romântica, apesar de achar que romantismo é um grande erro..uma névoa que esconde a verdade, a realidade. Esta pessoa que me marcou desta forma foi a doce Elisabeth Barret, depois casada com o também poeta Browning, numa das estórias de amor mais lindas que eu já vi.


Este poema é um dos que eu mais amo, amo mesmo.. Cheguei quase a guarda-lo na mente, embora eu goste da leitura constante..amo ver com meus olhos as palavras mágicas do poema, ricamente traduzido para língua portuguesa por Manuel Bandeira.



Elizabeth Barret Browning

Sonnets from the portuguese
XLIII

How do I love thee? Let me count the ways.
I love thee to the depth and breadth and height
My soul can reach, when feeling out of sight
For the ends of Being and ideal Grace.
I love thee to the level of everyday's
Most quiet need, by sun and candlelight.
I love thee freely, as men strive for Right;
I love thee purely, as they turn from Praise.
I love thee with the passion put to use
In my old griefs, and with my childhood's faith.
I love thee with a love I seemed to lose
With my lost saints,— I love thee with the breath,
Smiles, tears, of all my life!— and, if God choose,
I shall but love thee better after death.
Amo-te quanto em largo, em alto e profundo
Minha alma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.
Amo-te em cada dia, hora e segundo
À luz do sol, na noite sossegada,
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.
Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.
Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quiser,
Ainda mais te amarei depois da morte.

tradução: Manuel Bandeira








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