Adoro ver as voltas que o mundo dá.
Dias destes fui numa livraria famosa, destas grandes, com sofás para leitura, coffeshop, palestras.
E foi numa destas palestras que eu ouvi falar sobre Portia Nelson. Verdade seja dita, o homem que dava a palestra não preparou bem nem a dita cuja, nem o livro que ele havia escrito e que servia de base para a dita cuja.
Num despreparo absurdo de encontrar nos dias de hoje, anunciou que não sabia quem era Portia Nelson e nem tinha tido a curiosidade de saber quem era, mas que havia, um dia, lido um poema dela e que gostara muito. Acabou colocando o poema no livro por ele escrito.
Nos dias de hoje, de internet e informação á distancia de um botão, é mesmo muito feio escrever algo sobre alguém e nem se dar ao "trabalho" de saber quem é esse alguém...bom, deixando o erro do homem em questão, fui atrás de informações sobre ela.
E ai, nas voltas do mundo, eu mudo de assunto, e lembro como o tempo passa depressa. Vendo a foto dela na internet, lembro do filme "A noviça rebelde". Uma das freiras "legais" do convento da Maria.
Na vida real, poetisa, atriz, cantora norte-americana. Morreu em 6 de março de 2001.
O poema dela, que o desavisado escritor colocou no seu livro, eu o coloco aqui no meu blog. O leitor vai poder digitar o nome dela no Google e saber mais a respeito.
Penso, ao ler Portia Nelson, as armadilhas que criamos para nós mesmos, fugindo da verdade que esta dentro de nós. Nossa verdade. Linda verdade. Seja ela sobre nossos defeitos ou nossas qualidades, a verdade interior será sempre nosso tesouro. É cara a cara com ela, que nos conhecemos, nos revemos, abrimos nossa mente e nosso coração.
Culpamos os outros, responsabilizamos pessoas que estão do lado de fora de nós mesmos.
Somos Deuses, Co-Criadores de nosso destino. Ao colocarmos a força de nossa vida nas mãos de outrem, roubamos nosso próprio tesouro: nossa liberdade de escolha, e ao escolher, nossa liberdade de agir.
Autobiografia em 5 capítulos
Autobiografia em 5 capítulos
1) Ando pela rua . Há um buraco fundo na calçada . Eu caio
Estou perdido... sem esperança. Não é culpa minha.
Levo muito tempo para encontrar a saída.
2) Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada
Mas finjo não vê-lo. Caio nele de novo.
Não posso acreditar que estou no mesmo lugar. Mas não é culpa minha.
Ainda assim levo um tempão para sair.
3) Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Vejo que ele ali está
Ainda assim caio... é um hábito. Meus olhos se abrem. Sei onde estou
É minha culpa. Saio imediatamente.
4) Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada.
Dou a volta.
5) Ando por outra rua.