Chegamos no deserto do Atacama de avião e duas mochilas. Na verdade, o danado aterrizou em Calama, cidade vizinha. Antes do pouso, só areia e sal. 600 km e uma pequena faixa de cimento na imensidão seca e quente. O vento lá é inacreditável. É difícil manter aquele monstro voador na linha reta. Pensei que eu fosse morrer.
De manhã cedinho, embarcamos numa aventura pelo deserto. Iríamos visitar várias cidades que vivem do turismo. São aldeias no meio do deserto, com pouca água, muita luta. Cada aldeia, uma estória.
Mas venho aqui falar de uma aventura neste dia que tirou meu fôlego e continua fazendo isso. Na minivan, eu pensava, já com fome, iríamos comer. O carro subia a montanha, e os turistas conversavam animados, olhando para o deserto que ficava maior em extensão à medida que a van subia. Lá em cima, quando a van virou, nós todos paramos de falar ao mesmo tempo.
Na imensidão de montanhas, um mar azul e cristalino. Uma visão mágica. Enquanto nós tirávamos fotos, duas pessoas desceram do carro e foram na frente, com o aviso do guia que esclareceu que a água é extremamente salgada, e que em hipótese alguma deveríamos molhar o corpo ou tomar daquela água. Com o sol do deserto, a água salgada na pele queima muito depressa, levantando bolhas. E beber água salgada só dá mais sede.
DA PRA VER NA FOTO AS DUAS PESSOAS QUE FORAM NA FRENTE
Lugar mágico.
Vale muito a pena sair de mochila nas costas pra visitar esse lugar.
Foi um dos melhores almoços da minha vida.
Comida fria, água fresca e muito sol.
Tudo de bom, né?