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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Receita de Pé-de-Moleque da Roça




Quer fazer pé-de-moleque??
Um fácil??
Rápido??
Delicioso??

Receita da prima Marília:

- 1/2 k de amendoim crú.
- 1/2 k de açúcar

Coloca tudo numa panela. Eu usei uma frigideira, porque fica bem mais fácil de mexer do que numa panela de duas abas, sabe???
Então, põe açúcar e amendoim na frigideira (alta), e vai mexendo enquanto esquenta no fogo alto. Quando o açúcar começar a derreter e a caramelar, abaixa o fogo, mas continua mexendo e mexendo, até tudo virar uma calda, cheia de amendoim.

Nesta fase, desligar a panela e despejar uma lata de leite condensado, e mexer tudo muito bem... a calda vai chiar, reclamar que entrou um ingrediente frio, mas não tem nada. Vai misturar ao leite condensado, e pronto.

Despejar numa fôrma untada.

Eu comi quente mesmo, mas não fica tão gostoso quanto ele mais frio.
Fica menos duro do que o pé-de-moleque comprado, mas com o tempo vai endurecendo.

Aí é só comer.
Fica bom demais.

Cuidado que vicia.



Na roça tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Mas.....

Eu sei que o tempo é uma coisa relativa, tem tudo a ver com o psicológico e tem uma frase muito boa sobre isso: "Uma palavra pode parar o tempo".
Eu já vivi assim, parada no tempo por causa de uma palavra, um gesto, um som...uma imagem.
Já senti o coração parar.
O corpo perder a forma.
A consciência se perder, paralisada.

Na roça também o tempo pára. Só sair andando pelas encostas..pode ir devagar, porque tudo vai acontecendo diante dos olhos, mas olhos atentos. Os meus vivem perdidos na natureza, observando enlevada, mas prestando pouca atenção.

Tenho que dobrar esforços para ver.

Exemplo: descer de carro a montanha é coisa simples. Não é não. Marcha sempre na primeira, porque já cai com meu carro desgovernado pela rampa abaixo..é assustador, pois parou só Deus sabe como, perto de uma pedra bem grandona, e foi punk.
Descer no escuro, então, é dobrar atenção. E como ver as coisas acontecendo, quando se esta prestado atenção no volante??
A atenção vem de repente, como aquilo que lhe despertou: na frente do carro, uma coruja. Levanta voo assustada com a aproximação do veículo, mas ao levantar voo,se depara com uma mariposa que vinha na direção dos faróis,encantada pelo brilho dos holofotes do carro. Ao voar para fugir do pneu, a coruja abocanhou o inseto que voava na direção contrária e saiu vitoriosa, mata adentro, com sua mariposa no bico.

Eu estava lá.
Olhando enquanto o carro descia praticamente sozinho.
Deixei de prestar atenção na estrada e me perdi atrás da coruja, encantada com o acontecido.
Essa sou eu.
Pena não saber nada de você.
Me conta algo...