Sou péssima com os guardados na caixa pensante do corpo.
Deixo as coisas fora das gavetas mentais, e ai, quando vou guardá-las para que novas tomem seu lugar, eu já não sei mais á que andar pertencem.
Confuso?
Dito de outro jeito: minhas memorias estão tão bagunçadas que eu não consigo lembrar de muita coisa.
Mas já percebi, faz um bom tempo, que minha memória é mais facilmente acessada pela fotografia da cena.
Esse "jeito" de lembrar não é novidade para ninguém.
Reza a lenda que vem da Grécia Antiga, através do poeta Simonides.
Ele foi chamado, certa feita, para recitar seu trabalho num baquete, (de algum magnata greco, do ramo de petróleo, talvez). Foi contratado para declamar seus poemas.
Na digressão básica de sempre, não seria ótimo voltar esta prática tão linda? Declamar numa festa. Falo isso porque fui agraciada, certa feita, numa festa dada aqui em casa, com artistas, amigos.... Ufa! Foi uma ótima festa, com declamações, música e dança. Ás seis da manhã, na despedida dos últimos artistas, ganhamos mais um poema.
Falando em poema, o tal Simonides foi ao banquete e, vai se saber porque ele saiu da festa, o que importa é que este Simonides é o cara mais sortudo do mundo, pois um pouco depois dele sair da sala, o teto desabou sobre os presentes.
A construção desabando por todos, deixou os corpos mutilados, amassados, e irreconhecíveis para seus parentes. Afinal, ainda não havia o teste de DNA, não é?
Então tá. Aí foi que alguém pediu para o Simonides se lembrar de quem estava sentado onde.
Assim nasceu o Método de LOCI: associar coisas ou pessoas com um lugar...
Usar "primeiro lugar", ou "segundo lugar" para falar de memória sobre o que havia numa lista está usando uma derivação moderna do método.
Tipo, usando imagens familiares, como usar os locais onde você passa todos os dias, para relacionar com coisas que você precisa fazer.
Olhando para a Igreja no caminho de seu trabalho você vai lembrar de pegar um pouco de água benta para levar para casa (afinal, não sabemos quando um vampiro vai aparecer, não é?).
Depois, seguindo sua lista, ao passar pela drogaria você vai lembrar de seu segundo item: comprar detergente (não importa se tem ou não a ver com o local - se não tiver farmácia no caminho para lembrar de comprar remédio como você vai fazer de lembrar deste item? Deu pra entender??)
Ainda confuso?
Basta imaginar você passando pela farmácia, que tem os letreiros verdes como o detergente que quer comprar. Imagine o detergente derramando sobre os letreiros, tingindo-os de verde.
Fácil.
Então, quando eu for escrever minha próxima lista em meu cérebro, vou relacionar seus itens com os locais familiares que eu vou passar ao ir á cidade.
Antes que algum irritadinho fale: "-Não é mais fácil escrever o que precisa numa lista e levar a lista com você?", este método vai ser importantíssimo para pessoas como eu, que esquecem sua lista em cima da mesa da cozinha, onde ela foi escrita, bem ao lado da caneta.
Deixo as coisas fora das gavetas mentais, e ai, quando vou guardá-las para que novas tomem seu lugar, eu já não sei mais á que andar pertencem.
Confuso?
Dito de outro jeito: minhas memorias estão tão bagunçadas que eu não consigo lembrar de muita coisa.
Mas já percebi, faz um bom tempo, que minha memória é mais facilmente acessada pela fotografia da cena.
Esse "jeito" de lembrar não é novidade para ninguém.
Reza a lenda que vem da Grécia Antiga, através do poeta Simonides.
Ele foi chamado, certa feita, para recitar seu trabalho num baquete, (de algum magnata greco, do ramo de petróleo, talvez). Foi contratado para declamar seus poemas.
Na digressão básica de sempre, não seria ótimo voltar esta prática tão linda? Declamar numa festa. Falo isso porque fui agraciada, certa feita, numa festa dada aqui em casa, com artistas, amigos.... Ufa! Foi uma ótima festa, com declamações, música e dança. Ás seis da manhã, na despedida dos últimos artistas, ganhamos mais um poema.
Falando em poema, o tal Simonides foi ao banquete e, vai se saber porque ele saiu da festa, o que importa é que este Simonides é o cara mais sortudo do mundo, pois um pouco depois dele sair da sala, o teto desabou sobre os presentes.
A construção desabando por todos, deixou os corpos mutilados, amassados, e irreconhecíveis para seus parentes. Afinal, ainda não havia o teste de DNA, não é?
Então tá. Aí foi que alguém pediu para o Simonides se lembrar de quem estava sentado onde.
Assim nasceu o Método de LOCI: associar coisas ou pessoas com um lugar...
Usar "primeiro lugar", ou "segundo lugar" para falar de memória sobre o que havia numa lista está usando uma derivação moderna do método.
Tipo, usando imagens familiares, como usar os locais onde você passa todos os dias, para relacionar com coisas que você precisa fazer.
Olhando para a Igreja no caminho de seu trabalho você vai lembrar de pegar um pouco de água benta para levar para casa (afinal, não sabemos quando um vampiro vai aparecer, não é?).
Depois, seguindo sua lista, ao passar pela drogaria você vai lembrar de seu segundo item: comprar detergente (não importa se tem ou não a ver com o local - se não tiver farmácia no caminho para lembrar de comprar remédio como você vai fazer de lembrar deste item? Deu pra entender??)
Ainda confuso?
Basta imaginar você passando pela farmácia, que tem os letreiros verdes como o detergente que quer comprar. Imagine o detergente derramando sobre os letreiros, tingindo-os de verde.
Fácil.
Então, quando eu for escrever minha próxima lista em meu cérebro, vou relacionar seus itens com os locais familiares que eu vou passar ao ir á cidade.
Antes que algum irritadinho fale: "-Não é mais fácil escrever o que precisa numa lista e levar a lista com você?", este método vai ser importantíssimo para pessoas como eu, que esquecem sua lista em cima da mesa da cozinha, onde ela foi escrita, bem ao lado da caneta.