Hoje acordei com o sol nascendo lá na paisagem cheia de nuvens brancas...
Levantei porque o som dos bichos andando pelo forro me deu nos nervos... não saber, ao certo, que raio de bicho é esse, que corre pelo forro do telhado com uma desenvoltura enlouquecedora, por toda parte vejo as fregolinhas no chão... farelos de um pó esquisito....aiiii..o que eles estarão roendo???
Os cães estão lá na porta de entrada, abanando os rabos. Lindos e danados, estes cães!! Tenho um medo enorme que eles saiam correndo atrás de animais desavisados e calmos, pela estrada afora, como já vi fazerem algumas vezes..é uma loucura acompanhar a forma como estes animais se comunicam. Muito violento para meu gosto. Mas, como o povo aqui na roça gosta de dizer: "- Eles se entendem!".
Mas...os cavalos do vizinho estão soltos pela estrada de terra, como se o mundo fosse o quintal do vizinho, sabe?? Ele deixa tudo aberto, porteira, portão...e os cavalos, vacas, porcos e demais itens que não devem faltar numa boa fazendinha, andam soltos pela estrada, e meus cães correm atrás, mordendo patas...
Mas o dia promete ficar lindo, com todas estas nuvens brancas pelo chão. Fog londrino em plena roça.
Hoje estou feliz porque minha ajudante, Dona Francisca, vai poder lavar tudo com água que está vindo lá da vizinha, Stellinha. Graças a Deus, tudo acabou bem. Digo tudo me referindo á novela da Heleninha e seu Joãozinho. Acho que já devo ter contando deles...impossível não tê-lo feito. Mas, como disse alhures, se disse, conto de novo: quando eu vim pra roça, não conhecia ninguém, não sabia de brigas de família nem nada disso, estávamos construindo uma casa, e ficamos sem água, líquido tão preciso, porque Heleninha e seu Joãozinho não gostavam no moço que fazia minha casa. Por causa da briga entre eles, fiquei sem água, e isso eu não vou perdoar na Heleninha e seu Joãozinho, que vieram avisar, orgulhosos, nojentos, ainda abanando o canivete nas mãos, que não tínhamos mais água... Falaram rindo da nossa cara espantada por nos vermos no meio de uma enorme confusão familiar, gaiatos. Agora dizem que ela é legal... NÃO FOI PARA MIM, então... fico eu com minha impressão deles, tão real quanto a outra.
Mas a vida dá voltas, com certeza que dá. e A Heleninha e seu Joãozinho venderam a casa deles para a Stellinha, que, de forma diferente, assim que nos viu na rua, gritou que agora teríamos água... e assim dito, assim feito. "Seu Dito" veio puxar o cano, trazer a água até a caixa vazia. Do jeito da roça, único jeito conhecido por aqui: apesar da nossa pressa, "Seu Dito" demorou para vir fazer o serviço... foi plantar milho...rs!! Tudo bem...esperar o plantio do milho, para quem já esperou 8 anos, vai bem!!
Depois do milho plantado, a água jorrou na roça. Finalmente.
E os dias vão passando, um depois do outro, cada um diferente do anterior, embora igual em muitos pontos.
Cidade continua cidade, e roça continua roça.
Não quero mais cidade. Meu pai morreu. Minha irmã agora é livre para nos visitar... e nós não iremos mais á city com tanta frequência. Não há mais tanta urgência. Roça na veia, agora e cada vez mais.
Vou sair do computador... hoje tenho sabão para fazer...Coisas da roça...
Levantei porque o som dos bichos andando pelo forro me deu nos nervos... não saber, ao certo, que raio de bicho é esse, que corre pelo forro do telhado com uma desenvoltura enlouquecedora, por toda parte vejo as fregolinhas no chão... farelos de um pó esquisito....aiiii..o que eles estarão roendo???
Os cães estão lá na porta de entrada, abanando os rabos. Lindos e danados, estes cães!! Tenho um medo enorme que eles saiam correndo atrás de animais desavisados e calmos, pela estrada afora, como já vi fazerem algumas vezes..é uma loucura acompanhar a forma como estes animais se comunicam. Muito violento para meu gosto. Mas, como o povo aqui na roça gosta de dizer: "- Eles se entendem!".
Mas...os cavalos do vizinho estão soltos pela estrada de terra, como se o mundo fosse o quintal do vizinho, sabe?? Ele deixa tudo aberto, porteira, portão...e os cavalos, vacas, porcos e demais itens que não devem faltar numa boa fazendinha, andam soltos pela estrada, e meus cães correm atrás, mordendo patas...
Mas o dia promete ficar lindo, com todas estas nuvens brancas pelo chão. Fog londrino em plena roça.
Hoje estou feliz porque minha ajudante, Dona Francisca, vai poder lavar tudo com água que está vindo lá da vizinha, Stellinha. Graças a Deus, tudo acabou bem. Digo tudo me referindo á novela da Heleninha e seu Joãozinho. Acho que já devo ter contando deles...impossível não tê-lo feito. Mas, como disse alhures, se disse, conto de novo: quando eu vim pra roça, não conhecia ninguém, não sabia de brigas de família nem nada disso, estávamos construindo uma casa, e ficamos sem água, líquido tão preciso, porque Heleninha e seu Joãozinho não gostavam no moço que fazia minha casa. Por causa da briga entre eles, fiquei sem água, e isso eu não vou perdoar na Heleninha e seu Joãozinho, que vieram avisar, orgulhosos, nojentos, ainda abanando o canivete nas mãos, que não tínhamos mais água... Falaram rindo da nossa cara espantada por nos vermos no meio de uma enorme confusão familiar, gaiatos. Agora dizem que ela é legal... NÃO FOI PARA MIM, então... fico eu com minha impressão deles, tão real quanto a outra.
Mas a vida dá voltas, com certeza que dá. e A Heleninha e seu Joãozinho venderam a casa deles para a Stellinha, que, de forma diferente, assim que nos viu na rua, gritou que agora teríamos água... e assim dito, assim feito. "Seu Dito" veio puxar o cano, trazer a água até a caixa vazia. Do jeito da roça, único jeito conhecido por aqui: apesar da nossa pressa, "Seu Dito" demorou para vir fazer o serviço... foi plantar milho...rs!! Tudo bem...esperar o plantio do milho, para quem já esperou 8 anos, vai bem!!
Depois do milho plantado, a água jorrou na roça. Finalmente.
E os dias vão passando, um depois do outro, cada um diferente do anterior, embora igual em muitos pontos.
Cidade continua cidade, e roça continua roça.
Não quero mais cidade. Meu pai morreu. Minha irmã agora é livre para nos visitar... e nós não iremos mais á city com tanta frequência. Não há mais tanta urgência. Roça na veia, agora e cada vez mais.
Vou sair do computador... hoje tenho sabão para fazer...Coisas da roça...