No dia 11 de setembro de 2000 eu estava reformando uma casa antiga, recém adquirida numa vila simpática num bairro de sampa, Vila Mariana. "Seu" Almir chefiava os pedreiros que quebravam e desmontavam tudo o que não era mais para existir. Tijolos e cimento vinham ao chão para celebrar o novo, o recomeço. Planos para morar numa casinha linda, com um jardim florido e cheiroso, na busca eterna pela paz. Planos também de viver a difícil comunhão de almas, juntando duas pessoas diferentes num só teto e esperar que tudo dê certo.
Os papéis no escritório amontoavam e eu tentava, naquela manhã, dar ordem em tudo aquilo.
Mas meus olhos grudaram na tela de uma televisão, displicentemente ligada. A moça que dava a notícia titubeava ao informar o que estava acontecendo, ela mesma sem saber o que era aquilo tudo. Estranho como tudo parou dentro de mim, menos a sensação do coração batendo forte.
Hoje, sentada aqui na frente do computador, penso no destino daquelas pessoas e no meu próprio. De alguma forma encantada, que só Deus pode saber de onde vem, a humanidade que há em mim me ligou ao acontecido, e minha alma gemeu de dor.
Ser humana, homo sapiens, igual a qualquer outro no planeta.
Somos todos a mesma coisa, e tão diferentes mesmo assim.
Nossas estórias pessoais são particulares, mas nossa humanidade, não! Nossa humanidade faz de nossa estória uma só.
E a consciência de que caminhamos juntos, na mesma esfera azul, faz com que esta estória seja ainda mais dramática, pois que rodamos ligados uns aos outros pelo universo, escrevendo nossas estórias através do tempo e do espaço, pelo infinito afora.
Somos seres capazes de atos atrozes, contra seres de nossa própria espécie quanto de outras. Violamos, escravizamos, torturamos. Tiramos sangue e dor de qualquer ser vivo que passe em nossa frente. Destruímos habitats inteiros por puro capricho, tirando do natural animais e plantas, sem piedade ou peso na consciência.
Mas a sombra mostra também a luz.
Mostra as mãos que se estendem, as vozes que se levantam no lamento por seus irmãos. Fala da força da união quando nos damos as mãos para algo maior.
Na minha cabeça, penso que ainda teremos muito a sofrer, muita sombra ainda. Não porque não acredito na evolução humana. Apenas acredito que esta evolução se faz a pequeninos passos, lentamente, ás vezes levando os séculos nas costas.
E nossa estória coletiva ainda vai escrever muitas estórias particulares. Nosso planeta azul ainda vai viver fortes emoções. E eu vou apenas fazer a minha parte, da melhor forma possível.
Os papéis no escritório amontoavam e eu tentava, naquela manhã, dar ordem em tudo aquilo.
Mas meus olhos grudaram na tela de uma televisão, displicentemente ligada. A moça que dava a notícia titubeava ao informar o que estava acontecendo, ela mesma sem saber o que era aquilo tudo. Estranho como tudo parou dentro de mim, menos a sensação do coração batendo forte.
Hoje, sentada aqui na frente do computador, penso no destino daquelas pessoas e no meu próprio. De alguma forma encantada, que só Deus pode saber de onde vem, a humanidade que há em mim me ligou ao acontecido, e minha alma gemeu de dor.
Ser humana, homo sapiens, igual a qualquer outro no planeta.
Somos todos a mesma coisa, e tão diferentes mesmo assim.
Nossas estórias pessoais são particulares, mas nossa humanidade, não! Nossa humanidade faz de nossa estória uma só.
E a consciência de que caminhamos juntos, na mesma esfera azul, faz com que esta estória seja ainda mais dramática, pois que rodamos ligados uns aos outros pelo universo, escrevendo nossas estórias através do tempo e do espaço, pelo infinito afora.
Somos seres capazes de atos atrozes, contra seres de nossa própria espécie quanto de outras. Violamos, escravizamos, torturamos. Tiramos sangue e dor de qualquer ser vivo que passe em nossa frente. Destruímos habitats inteiros por puro capricho, tirando do natural animais e plantas, sem piedade ou peso na consciência.
Mas a sombra mostra também a luz.
Mostra as mãos que se estendem, as vozes que se levantam no lamento por seus irmãos. Fala da força da união quando nos damos as mãos para algo maior.
Na minha cabeça, penso que ainda teremos muito a sofrer, muita sombra ainda. Não porque não acredito na evolução humana. Apenas acredito que esta evolução se faz a pequeninos passos, lentamente, ás vezes levando os séculos nas costas.
E nossa estória coletiva ainda vai escrever muitas estórias particulares. Nosso planeta azul ainda vai viver fortes emoções. E eu vou apenas fazer a minha parte, da melhor forma possível.