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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Dzi Croquettes, calcinha vermelha e Josephine Baker

Tudo no Universo está conectado.
Uma coisa puxa a outra e, depois de encontrões e derrapadas, olha nós outra vez cara a cara com o que foi, lá trás e que parecia já ter ido, sabe??

Entrei numa loja estes dias para comprar roupa íntima.
Dezenas de cores, tamanhos, modelos, tecidos... um mundo realmente á parte. Deve-se despender momentos, sem pressa, na escolha criteriosa da referida peça do vestuário.
Paguei e na saída, recebo a danada da carçola embrulhada num lindo papel, com a Josephine Baker na capa. Amei deparar-me com a estampa da mulata de rosto safado e pouca roupa no corpo roliço alí naquele papel brilhante. Tudo a ver com ela.

No mesmo dia, sacolinha no banco traseiro do carro (sujo, muito sujo de lama velha, grudada por baixo, pelos lados... e pó, muito pó, vermelho, amarelo... e cocô de passarinho... e marcas da queda de gordos chuchus que caem do alto da árvore que a po**a da trepadeira escolheu para crescer..), lá fui eu visitar um amigo..músico..como muitos de meus amigos.
Esquecida a sacola no sujinho, falei muito e sobre muita coisa com o Sílvio..e saiu o assunto Dzi Croquettes.

Lembra os Dzi Croquettes??
Dzi quem??
Croquettes. Lembra??
Não, não lembro não! É de comer??

Antes que você, jovem leitor, possa pensar assim, eu vou logo explicando:

Tudo bem. Foi antes de você nascer. Então, relaxa!

Se quiser saber, tem um documentário divino (http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/dzi-croquettes/id/16236 ) sobre estes artistas que se definiam "nem homens, nem mulheres, mas gente" e que revolucionaram a arte nos anos 70.
Expressões usadas durante muito tempo, e ainda hoje, como tiete, vieram deles. Super criativos.

Então, Dzi Croquettes. Numa família de artistas, com amigos artistas por toda parte, fica dificil não falar neles em algum momento. Divisor de águas. Comentava sobre a trajetória louca e meteórica, com shows em Paris, com Lisa Minelli na primeira fila, um monte de artistas famozérrimos todos sentados na fila das "tietes", decaídos depois de um tempo, levantando das cinzas depois que a Josephine Baker, lembra??

Quem?
Josephine Baker, sabe?? aquela do papel brilhante??


Então, relax, de novo. Porque ela morreu em 1975. Lavadeira, nascida em Saint Louis, se tornou um ícone, amada por homens e mulheres, cantando e dançando. Então, Josephine Baker.

Ela estava se apresentando em Paris, em 1975. Tinha acabado de assinar um contrato num teatro e disse que gostaria que chamassem os Dzi Croquettes, de quem era fã, para ocupar seu lugar se ela morresse antes de terminar o contrato.

E assim aconteceu. Ela morreu e eles, que estavam na miséria, foram se apresentar no melhor teatro parisiense, com casa lotada, renascidos das cinzas.

E lá estava eu, naquela noite, usando uma carçola que veio no papel brilhante da Josephine Baker, que ajudou os Dzi Croquettes, comentados numa conversa com meu amigo, depois de ter comprado a danada numa loja com a estampa da Josephine Baker no papel brilhante, que ajudou os Diz Croquettes, comentados numa conversa com meu amigo, depois de ter comprado a danada numa loja com a estampa da Josephine Baker no papel brilhante, que ....

: Lol:

Tem hora....

... que dá vontade de matar, de mudar de nome e cidade...sumir;
... que dá vontade de voltar atrás e não fazer aquilo;
... que dá vontade de correr, cavar um buraco e se esconder, para que o mal suma da vista e de fato;

Agimos muito sem pensar, como se o amanhã nunca fosse cobrar o que fizemos ou deixamos de fazer.

Dá vontade de correr, de voltar atrás, de mudar ... mas na hora do plantio, fomos livres.
Escolhemos essa ou aquela atitude ... e assim, preparamos o futuro para nos receber.

Quando vemos, o nó já esta grande demais.

E ai nos perguntamos onde estávamos com a cabeça??
Se tem gente no barco, a presença de outras consciências ajuda a libertar o líder do posto obrigatório de dizer qual o melhor rumo. Posição compartilhada fica mais fácil (ás vezes não .. rs ) de repartir o peso. Mas, na maioria das vezes, tomamos a atitude por nós mesmos.

E depois?
Quando a tempestade se aproxima, contamos com nossa coragem, nossa moral, nossas crenças, tudo nesta hora ajuda, para enfrentarmos, da melhor forma, o que vem por aí.

Vestimos nossa armadura, e seguimos em frente.
Se temos companheiros que dependem de nós, a responsabilidade aumenta.

Mesmo no desalento, penso que acreditar que tudo tem uma solução, que o Universo abre, pelo menos, um caminho para a resolução do problema..., penso que isso é acreditar em Deus.

Como deixamos as coisas ficarem no ponto onde estão??
Cegueira, medo, ignorância... 
Enfrentar dá borboletas na barriga, faz pensar em desistir... mas dá também segurança lá no final. Eu enfrentei. Eu fui em frente... eu vesti minha armadura e segui, enfrentando a pedra no caminho que meus próprios pés trilharam.

Tem uma passagem muito linda no filme "As Duas Torres", da trilogia "O Senhor dos Anéis"...
Rei Théoden se depara com um destes momentos, quando tudo fica preto, sabe??




Mas logo depois, na sequência, vem Haldir, numa outra cena maravilhosa... no post anterior a este, eu coloquei o vídeo da chegada do elfo em Helm

Isso é a verdade da vida, na forma metafórica de homens e mulheres numa batalha contra um inimigo praticamente improvável de se vencer, num filme inspirado pelo Mestre Tolkien.

Serve para todo mundo.
Humanos..
Elfos...
animais...