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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Elvis e Madonna chegando em casa...

Vou colar dois vídeos.
Um deles chegando, vai saber de onde.

De manhã eles acordam e somem no ar, voando juntas.
De tarde, entre 18 e 18:30, todos os dias, eles chegam juntos.
Barulhentas, se sentam nos galhos em volta da casa... aos poucos vão chegando, chegando.... e pronto! Forro do quarto.

De madrugada, eles 'arrastam móveis', 'discutem a relação', 'falam o tempo todo', esfregando os bicos na parede da casa deles.... aí eu acordo com a bateção na madeira...

quero dormirrrrrrrrr..





Sou ecológica o quanto posso.
Mas juro que me peguei desejando que um bebê de Elvis e Madonna faça amizade comigo e me deixe chegar perto dele, sabe??
Amiguinho de ombro?? Livre, totalmente independente de mim...só amigo mesmo!!

Eu ia amar!!

2013


tudo de bom para todo o planeta
tudo de bom para os seres que vivem nele.

que possamos passar pela fase de autodestruição para subirmos mais um degrau na escalada da evolução humana.

PAZ
RESPEITO
EDUCAÇÃO
SAÚDE
AMOR
CURIOSIDADE

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domingo, 30 de dezembro de 2012

EU em 2013

Tenho poucos amigos.
Acho até que não tenho ninguém que me conheça melhor do que eu mesma.
Isso quer dizer que, dentro do meu círculo de amigos escolhidos para compartilhar o caminho da vida comigo, eu sou a minha melhor amiga.

Dentre todos os motivos que eu tenho para agir assim ou assado, somente eu conheço todos eles (os motivos, é claro), e quando não, sei que aos poucos as escamas de meus olhos vão cair e eu vou conhecer todos os reais motivos por esta ou aquela escolha.

Tive amigos(poucos) que me ajudaram a tirar as escamas de meus olhos. Entre os vários motivos que justificam termos amigos tão diferentes de nós é justamente essa ajuda inestimável de nos vermos como somos de verdade, através deles.

Temos amigos que escondem suas dores, escondem suas verdades, escondem sua vida e compartilham apenas as coisas boas, como se fosse pecado ou algo ruim compartilhar as coisas tristes e ruins do mundo, da vida. Mas ai não seriamos amigos, não é mesmo?? Pernetas da vida. Só risos, só alegria, só superfície lisa e dura, sem calor. Mas não é bem assim. Eu também tenho meus segredos, minhas bolhas de Consciência Pura, sem contato com o exterior! Mas mesmo no secreto, no escuro, somos amigos. Não houve troca?? Claro que sim, claro que houve: eu respeitei teu espaço sagrado, assim como espero o mesmo respeito para com meu espaço sagrado, interior e exterior á tudo.

É isso o que eu quero: amigos que vejam meu ser como ele é, com seus erros e acertos e ainda assim, depois de todo revelado (ou não), ainda assim, esse amigo vai levantar da cadeira e me convidar para uma pizza. "-Você não esta com uma fome incrível??"

Se eu não tiver um amigo assim é porque eu não procurei com vontade, não é mesmo??

É isso o que eu quero para mim em 2013: me amar, me conhecer, me respeitar como eu sou ou como eu estou, respeitar minha risada, meu jeito de responder aos problemas (ainda que depois da resposta eu procure uma forma nova de viver tudo aquilo)...quero mudar aquilo que realmente me incomoda ao invés de mudar aquilo que incomoda outra pessoa. Quero respeito pelo modo de viver, pelas minhas escolhas, por meu jeito ser desta forma e não da outra.

Quero ser o que eu sou, sem medo de rejeição. Só assim poderei mudar o que eu quero mudar...e manter o que eu quero manter...

Não posso pensar em nada melhor para fazer do que ser eu mesma, inteira, em 2013.

Se eu não estiver forte em meu íntimo, se eu não for um ser repleto de forças e defeitos, então eu não poderei nada mais.

Eu quero ser feliz comigo em 2013.

Se ser amigo é gostar do irmão como ele é, então eu quero isso para mim: alguém que me ame e respeite EXATAMENTE do jeito como eu estou: inteira e verdadeira em cada gritinho, em cada exagero de sentimentos, de voz...

Gostar de Tolkien e achar elfos e gnomos pela mata...
Falar alto..soltar sons estranhos quando uma borboleta se enfia em meus ouvidos...
Gritar quando tenho medo ou levo um susto...

Ficar um bom tempo sem falar..
Não gostar de gente grossa e estúpida..Ser grossa e estúpida..
Não ficar em lugares onde não sou reconhecida como igual...
Não gostar de gente que não gosta de mim se isso for meu sentimento mais forte.
Gostar de gente só porque meu ser gosta deles, assim como gostam de quem gostam só porque seus seres se tentem felizes com eles.

TER O MESMO DIREITO.

Falar e ser ouvida..
Amar e respeitar cada vez mais para que eu seja AMADA E RESPEITADA, por mim mesma..nunca pelos outros...

Em 2013, EU SEREI eu.
E, não posso desejar nada melhor para você do que seu ser seja ele mesmo.
Desejar que você tenha aquilo tudo que você lutou para ter...
Desejar que seus amigos sejam aqueles que você escolheu para seguirem com você pelo tempo que você quiser que eles estejam de seu lado...
Que sua saúde seja aquela que você conquistou com as comidas que você fez,do jeito que você queria fazer, tomando conta de seu ser como UM SER ESPECIAL que ele realmente é.
Desejar que sua família seja aquela que você escolheu, tenha ligação de sangue ou não.

EU em 2013: amada, respeitada..inteira.

Tudo de bom, né??








sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Memória - Método de Loci

Sou péssima com os guardados na caixa pensante do corpo.
Deixo as coisas fora das gavetas mentais, e ai, quando vou guardá-las para que novas tomem seu lugar, eu já não sei mais á que andar pertencem.

Confuso?
Dito de outro jeito: minhas memorias estão tão bagunçadas que eu não consigo lembrar de muita coisa.

Mas já percebi, faz um bom tempo, que minha memória é mais facilmente acessada pela fotografia da cena.

Esse "jeito" de lembrar não é novidade para ninguém.
Reza a lenda que vem da Grécia Antiga, através do poeta Simonides.
Ele foi chamado, certa feita, para recitar seu trabalho num baquete, (de algum magnata greco, do ramo de petróleo, talvez). Foi contratado para declamar seus poemas.

Na digressão básica de sempre, não seria ótimo voltar esta prática tão linda? Declamar numa festa. Falo isso porque fui agraciada, certa feita, numa festa dada aqui em casa, com artistas, amigos.... Ufa! Foi uma ótima festa, com declamações, música e dança. Ás seis da manhã, na despedida dos últimos artistas, ganhamos mais um poema.

Falando em poema, o tal Simonides foi ao banquete e, vai se saber porque ele saiu da festa, o que importa é que este Simonides é o cara mais sortudo do mundo, pois um pouco depois dele sair da sala, o teto desabou sobre os presentes.

A construção desabando por todos, deixou os corpos mutilados, amassados, e irreconhecíveis para seus parentes. Afinal, ainda não havia o teste de DNA, não é?

Então tá. Aí foi que alguém pediu para o Simonides se lembrar de quem estava sentado onde.

Assim nasceu o Método de LOCI: associar coisas ou pessoas com um lugar...

Usar "primeiro lugar", ou "segundo lugar" para falar de memória sobre o que havia numa lista está usando uma derivação moderna do método.

Tipo, usando imagens familiares, como usar os locais onde você passa todos os dias, para relacionar com coisas que você precisa fazer.
Olhando para a Igreja no caminho de seu trabalho você vai lembrar de pegar um pouco de água benta para levar para casa (afinal, não sabemos quando um vampiro vai aparecer, não é?).
Depois, seguindo sua lista, ao passar pela drogaria você vai lembrar de seu segundo item: comprar detergente (não importa se tem ou não a ver com o local - se não tiver farmácia no caminho para lembrar de comprar remédio como você vai fazer de lembrar deste item? Deu pra entender??)

Ainda confuso?

Basta imaginar você passando pela farmácia, que tem os letreiros verdes como o detergente que quer comprar. Imagine o detergente derramando sobre os letreiros, tingindo-os de verde.
Fácil.

Então, quando eu for escrever minha próxima lista em meu cérebro, vou relacionar seus itens com os locais familiares que eu vou passar ao ir á cidade.

Antes que algum irritadinho fale: "-Não é mais fácil escrever o que precisa numa lista e levar a lista com você?", este método vai ser importantíssimo para pessoas como eu, que esquecem sua lista em cima da mesa da cozinha, onde ela foi escrita, bem ao lado da caneta.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Crop Circles

Crop Circles..
Assistir para tentar entender...
Porque é melhor abrir a cabeça... ficar aberto..livre de pre-conceitos...






A Escala do Universo

Você aí sabe qual o tamanho estimado do Universo??
Não sabe???
Quer saber???

Clica ai embaixo!

http://htwins.net/scale2/?bordercolor=white


Aproveita e veja o mapa da National Geographic... Ele é demais de lindo!
Super claro!!





quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Feira da Liberdade II

Na praça vai todo tipo de pessoa. Acho até que é um dos bons motivos para a praça aparecer em hinos, poemas, dividindo com condores os espaços das rimas.

Na minha humilde opinião, aos domingo, muitas famílias "desovam" seus filhos menos agraciados mentalmente, ou seja, todo domingo alguém larga um louco pra ter uma folga. E os loucos são rapidamente reconhecidos no meio da uma multidão. Estranhei isso. Mas foi assim em todos os casos em que reconheci um louco andando por lá.

Tanta gente passando pelas barracas... tantas cores... muito movimento, muita coisa pra se ver. Mas ela ficava clara no canto do olho, dançando no meio da multidão exprimida para lhe dar espaço para as voltas da dança solitária. Amarrava um prato de sobremesa de plástico, destes de festa de aniversário, sabe?? Então, amarrava um em cada pé, e dançava! Cabelos soltos, olhos fechados, seu braço direito descansava no ar como se descansasse nos ombros de um homem. O esquerdo segurava nas mãos deste companheiro invisível e, ao som de músicas que só ela poderia ouvir, rodopiava na praça da Liberdade todos os domingos. Sempre limpa e bem vestida, com certeza. Silenciosa. Mansa. Nunca a vi observar uma banca ou segurar algum item nas mãos pensativa se comprava ou não. Ela parecia não perceber que o salão onde ela estava era, na verdade, uma praça lotada, quente e cheia de ruídos de todos os tipos (ruídos de vozes humanas, carros, ônibus, apitos, objetos de todas as cores, pendurados em pontas de barracas....)

O mágico, meu amigo artista do lado, comenta que ele já tentou dançar com ela, mas foi em vão.

Outro louco aparecia como uma mancha verde, homem em uniforme de guerra, com uma fita na testa e uma metralhadora de plástico, se escondendo atrás das barracas, procurando por inimigos em todas as partes. Não me lembro de ter ouvido sua voz. Ele também era manso, apesar de vir como soldado empunhando uma arma (plástica)... Não importunava, não atacava ninguém. Só atraía a atenção de todos pelo inusitado de ver um baita homão correndo como Rambo pelas calçadas cheias de gente. Sempre sério. Sempre com cara fechada, focado na busca inútil e infinita de cada domingo.

Tinha também um mendigo magro, sempre vestido com terno sujo, fedorento e rasgado. Um chapéu surrado na cabeça imunda, uma sacola nojenta nas mãos nojentas. Este sim interagia com as pessoas. Sempre rindo, conversava com os artistas, transeuntes, declamava versos como homem erudito. Falava sobre filmes, artistas, escritores, poemas. Eu me encantava com seu conhecimento, muito estranho de se encontrar num mendigo tão sujo. Mas... No meio da conversa, sem avisar, ele tirava o pênis para fora da calça, e sacolejando a criaturinha feia e suja, ele mirava em qualquer um, e urinava sem piedade nos sapatos, calças e meias do desavisado que ria ou se encantava com seus dizeres.

Ele urinou numa tela minha um dia. Sensação horrível de ver aquele louco nojento mirando o pinto na tela tão bonita, colorida com céu azul, nuvens brancas e lindo arvoredo refletido na lagoa mansa. Confesso que deixei a cena bucólica no lixo da feira, no final da tarde.

O segurança tirou o tal mendigo, mas já era tarde. A urina amarela, forte, escorria pelo céu!!

Foram dias de estranheza, mas a Praça era do povo, e aquilo era o povo.
Gente diferente.
Com todo tipo de problemas. Soluções.
Vida doida.

Mas devem ir e vir, como eu um dia fui para nunca mais voltar.

Hoje novos loucos, para novas eras...

A coisa perdida - de Shaun Tan

Melhor curta de animação em 2011!

Lindo vídeo.
Estória doce. Louca, mas doce!!
Afinal, não é sempre que uma estranha criatura, meio caranguejo, meio polvo, meio máquina, que se alimenta de bolas de natal, perdida e triste, passeando por uma cidade, onde absolutar animação em mente ninguém presta atenção neste inusitado ser.
A estória é de Shaun Tan, e ganhou menção honrosa na Feira Internacional do Livro em Bolonha, virou peça de teatro e ganhou o Oscar de melhor em 2011.
O livro, publicado em 2000, chega ao Brasil pelas Edições SM.

Absolutamente surreal.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Tirinhas Tolkien Based by Talira IV


Sobrevivi ao fim do mundo - 21/12/ 2012


Mais um Fim de Mundo anunciado, rezado e chorado por milhões!!!
Mais uma chance de redenção para os 7 bilhões de habitantes terráqueos!!!
Vivamos, pois, com a certeza que é tudo uma questão de tempo!!!
E o que importa é com que intensidade e veracidade vivemos cada segundo de nosso presente.
Um dia de cada vez.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Good Luck


Essa música é TUDO DE BOM!


Vanessa da Matta
Lyrics by Ben Harper 
Music is property of the respective authors, artists and labels

É só isso
Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará
Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais
Thats it
There's no way
It's over, Good luck
I have nothing left to say
Its only words
And what l feel
Wont change
Tudo o que quer me dar / Everything you want to give me
É demais / It's too much
É pesado / Its heavy
Não há paz / There is no peace
Tudo o que quer de mim / All you want from me
Irreais / Isnt real
Expectativas / that Expectations
Desleais
Mesmo, se segure
Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha
Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais
Now even if you hold yourself
I want you to get cured
From this person
Who advises you
There is a disconnection
See through this point of view
There are so many special people in the world
So many special people in the world in the world
All you want
All you want
Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais
Now we're falling, falling, falling , falling into the night, into the night
Falling, falling, falling, falling into the night
Um bom encontro é de dois
Now we're falling, falling, falling , falling into the night, into the night
Falling, falling, falling, falling into the night

Tirinhas Tolkien Based da Talira III


Thranduil... Malfoy!!
Parecidim né??

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Auto retrato

Somos seres únicos.
Mas não somos os únicos seres "únicos".
Cada bichinho é único.

Os vasos de cerâmica, encontrados no Mar Morto também tem identidade única. Cada cerâmica tem as características de onde veio.  E elas são únicas.

Nossa íris é única.
Nossas digitais.

Nós somos seres únicos.

Seres únicos que se matam, para nunca mais voltarem.
Que se violentam, para nunca mais se tocarem.
Que perdem a chance, única, de viver em um planeta lindo.

Que desperdiçam suas energias em estradas que não levam á nenhum bom lugar.

Que passam seus dias em tocaia pelo bem alheio.

Nosso DNA virou arte.
Você cospe numa lâmina de laboratório, e pronto!!

http://dnabrasil.art.br/

Um quadro com nosso retrato genético estampado nele.

Somos únicos. Mas também somos iguais.
IGUAIS. IGUAIS. IGUAIS. IGUAIS.

Maravilhosos sermos IGUAIS.
Somos únicos e mesmo assim, temos em nossa parte mais espiritual da vida a igualde que nos une a todos.

SOMOS irmãos neste enorme navio chamado TERRA.

Temos nossas diferenças, meu amigo, com certeza sim.

Eu gosto de pensar que seu respeito leva minha diferença em consideração, assim como o meu por você entende que temos concepções diferentes. Que eu posso não gostar disso ou daquilo...e que, mesmo gostando de outras coisas, você estará lá.

Caminhamos juntos. Mesmo separados pelas diferenças.

Juntos.
Porque somos IGUAIS.



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Kubrick and HidleyScott

Não sou cinéfila.
Não enfrento longas (nem pequenas) filas, não compro ingressos antecipados.
Não viajo para encontrar melhor cinema, nem grito "silêncio' nas salas para poder ouvir melhor.
Não procuro informações dos filmes ou atores e atrizes....e COM TODA A CERTEZA do mundo, não fico atrás de fofocas hollywoodianas em revistas pouco cotadas entre as mais inteligentes.

Mas tenho uma mania de quem gosta muito, mas muito mesmo, de alguns filmes. Eu gosto de tê-los guardados, arquivados em alguma parte onde eu saiba onde estão.
Não são muitos. Não preciso de armários especiais, ou grandes compartimentos para guardar estes filmes.

Não são só ficção científica, embora deva concordar que este gênero reúne alguns deles.

Chega de lero-lero.

2001 uma Odisseia no espaço eu vi bem pequena, e confesso precisei assisti-lo algumas vezes para poder entender. Mas eu ainda me lembro de ter meus olhos vidrados na telinha, enquanto o filme passava, (inédito) na televisão. Vídeos mais tarde, eu alugava só para rever o monolito, o pouco diálogo do filme, as cenas longas de passeios interplanetários, David em sua luta para entrar na nave, Hal com sua música de ninar no final, engrossando a voz enquanto David apagava sua vida cibernética.

http://venice-in-venice.com/mccracken-john.html

O monolito foi inspirado no artista John McCracken. Link acima. Eu não sabia do artista, mas vi a força do objeto e sua capacidade de juntar mundos. Tenho enorme dificuldade de entender arte moderna. Juro que eu tentei em todas as vezes que fui em alguma exposição de arte moderna.

Numa destas exposições, eu fui subindo as escadas que me levavam ao primeiro andar,onde as obras estavam reunidas. Logo na chegada, lá no topo, quando nossos pés pisavam o chão, havia um pedestal em cima do qual jazia um aquário, fechado, cheio de água. Havia dois repolhos, um roxo e outro verde, boiando na água suja e fedorenta. (Bom, assim eu acho, pois o aquário estava fechado e o mal cheiro não saía pelas frestas, mas os repolhos estavam podres, e eu acho que todos nós já sentimos, em algum dia ruim (destes onde tudo sai errado) um repolho estragado, e sabe como ele cheira mal. Pois então, haviam dois boiando naquela água nojenta. Fui chegando mais perto, para ler alguma coisa que me tirasse a enorme interrogação estampada na face, perplexa com a obra podre. Na etiqueta se lia "cérebros". Um enorme sorriso se estampou no meu rosto: eu finalmente havia entendido uma obra moderna.

Quando, anos mais tarde, lendo sobre 2001, descobri a ligação artística dos monolitos, eu senti a mesma sensação que tive ao ler, naquela pequena etiqueta branca, o nome da obra.
O artista disse:

Eu vejo a prancha como existente entre dois mundos, o chão que representa o mundo físico de objetos permanentes, árvores, carros, edifícios, [e] corpos humanos, ... ea parede que representa o mundo da imaginação , espaço de pintura ilusionista, [e] o espaço mental humana.

Kubrick é cheio de referencias artísticas e saber destas conexões só faz aumentar meu agrado em ver seus filmes.

Ridley Scott me deu dois destes filmes: "Alien, o 8º passageiro" e Blade Runner.
Terei mais destes diálogos com você, porque eu gosto de falar sobre o assunto, e você é bem legal de sentar ai do outro lado da telinha para ler o que eu "falo".

A Tenente Ripley e sua força pela vida sempre me inspirou. Não que eu vá sair por ai, com armas de todo jeito, penduradas em cada preguinha do meu cinto e atirar pelas ruas, atrás de aliens imaginários... ainda que eu acredite que temos mesmo muitos aliens pelas ruas...não ets bonzinhos, querendo voltar para casa...mas monstros sem coração, como o alien em questão, que matariam por nada, assim como estes bandidos que matam e queimam e torturam e destroem tudo o que eles não tiveram a capacidade de criar ou manter.

E, quer saber?? Aquele diálogo entre Roy Batty e Deckard é simplesmente divino.



Tem mais, é claro.
Por enquanto só as ficções científicas...



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Diga "NÃO" ao Natal

Eu acredito em Jesus. Eu não acredito em Papai Noel.

Eu acredito em amor. Eu não acredito em Dia especial para presentear.

Eu não acredito no Natal. Eu acredito no dia-a-dia.



DIGO "NÃO" AO NATAL.

gente..ATÉ QUANDO??
JESUS não nasceu no NATAL. JESUS NÃO é Papai Noel.

PAPAI NOEL é invenção para lojas, shoppings, COMÉRCIO.

AMIGO SECRETO se faz TODO DIA!!!!

Pessoas, como eu, que dizem NÃO ao Natal também amam seus filhos, netos e bisnetos, também dão presentes, também comem peru, são cristãs algumas, outras não... acreditamos na força, na união, numa vida melhor, tudo igual. Não somos extra terrestres.

Acho até que vivemos mais com os pés no chão do que aqueles que acreditam no "espírito natalino", remarcado numa etiqueta de preço nas lojas Bahia, numa liquidação incrível de final de ano.

http://santaroca.blogspot.com.br/2011/12/nao-comemoro-natal-mas-sou-uma-pessoa.html

domingo, 9 de dezembro de 2012

Araras verdes são carnívoras??

O fato de nascer escravo não suprime a ideia de liberdade.
Li esta frase pela net afora.




Entendo o vício da Net, quando ficar na telinha horas à fio vira rotina. Eu poderia ficar dias a fio assim, lendo, olhando, rindo, chorando, vendo filmes, escrevendo... mas tenho o meu próprio dia-a-dia, minha rotina sem exatamente, repetição... afinal, rotina seria fazer tudo sempre igual, algo conservador e imutável...mas minha rotina é diferente. Acho que é por causa dos inúmeros seres, das incontáveis variáveis existentes por aqui.

Mas na roça, viciar em algo que não seja o mato verde e o céu azul, em constante transformação....não sei não. Eu não consegui viciar ainda, ;D.

Meus sentidos ainda estão muito ligados á vida lá fora. Ontem por exemplo, me vi procurando respostas para um estranho comportamento do pássaro que cuida do ninho aqui no escritório. Ele brigava, agitado, com algo que estava mexendo em seu ninho.
Pensei ser impossível ser minha gata, Tequila. Ela não escala paredes, não se pendura de ponta cabeça... não pode ser ela. Levanto e vou olhar.

E lá estava a resposta. Dois papagaios, um de cada lado do ninho, como duas gárgulas.... e a passarinha louca tentando afastar os intrusos. Quando os papagaios me viram, voaram logo, deixando a dona da casa aliviada. Por que será que estavam lá?? nunca havia pensando na possibilidade das queridas araras verdes comerem filhotinhos de outros pássaros...como os tucanos. Isso é possível??

Será que alguém que conheça pássaros pode me dizer o motivo deles estarem lá???

E olha, agora a pouco saí correndo com o barulho lá fora e lá estavam elas...as gárgulas verdinhas aqui da roça....creeedo!!!Alguém pode me explicar isso??

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Minha viagem ao SUS

Hoje eu fui no SUS, pegar um remédio muito caro, oferecido gratuitamente pelo governo do Brasil..
Acordei cedo. Foi uma noite ruim. Acordei três da manhã com os gatos de minha irmã brincando na sala (estou dormindo no sofá da mana quando venho aqui para Sampa. É confortável, eu posso ver tv até a hora de dormir...e posso acordar perto da cozinha...afinal, eu sou viciada em café..já falei disso, né? Tenho alguns vícios, como todo mundo...então, café é um deles.
Surgiu nas aulas de pintura que eu dei durante muitos anos na garagem lá da casa de minha morta mãe, num bairro silencioso da cidade da garoa. Na metade da aula, minha mãe, que Deus a tenha, descia lá da cozinha, com pedaços de bolo, com café fresquinho, levava para minhas alunas, que felizes, paravam com o pincel e as tintas e tomávamos café no quintal....bons tempos. Muitas vezes mergulhei meu pincel na xícara de café fumegante, achando que era águaraz.

Digredi.

Depois de acordar, (Adivinhe???) café, preto, feito na hora, no coador de PANO, claro. Tem que ser de pano.Correr para acordar o papai, tirar o bom velhinho da cama, ver fraldas, dentaduras, remédios e...pronto. Quando ele estava bem, redondinho eu sai, deixando Lilica cuidando dele. Não sou eu quem cuida do papai, é minha irmã quem pega do duro. Não é fácil cuidar de um idoso, doente com Parkinson, há 20 anos!

Sabe, quando se fala de amor, tem que ser com o coração. Outro órgão não vai entender. Os alegres rins, o mal humorado fígado, o orgulhoso cérebro, o descontrolado estômago...quem pode entender de amor melhor do que o coração??? E amor tem de todo jeito.
Amar seu pai e sua mãe tem todo um mistério. Não se sabe bem o que isso significa até que a vida mostra um caminho onde só o amor pode trilhar junto.

Mas isso é com todo tipo de amor.
Amor para filho.
Amor de amigo. Eu amo minha amiga Indiazinha, que morreu estes dias. Não posso, nem quero explicar amor por ela. Só sentir.
Amor de mulher para um homem. Vice-versa.
Tudo tem seu mistério.
Delícia.
Dor.
Tudo junto.

Digredi. De novo.

Fui de táxi. Gente boa sentada no volante, tanto na ida, quanto na volta. Gente que trabalha desde a infância, criando família, dando estudo e condições saudáveis de vida para filhos e esposas. Lutam todos os dias pelo sustento. Tem lá seus defeitos, suas "mumunhas", mas tenho que dizer que é sempre um enorme prazer vir conversando com eles. Hoje dei muita risada com o que me trouxe. Foi ótimo.

Sentei no SUS por um milagre, destes que nos acontecem de tempos em tempos. Eu dei o maior valor por este pequeno milagre, pois o SUS estava LOTADO, cheio de gente, gente aliás que eu amei de ver...quanta gente diferente, com roupas tão particulares, falando tanto de quem as esta vestindo.
Conversei durante horas (duas e meia) com uma mulher muito legal.Rimos e conversamos sobre nossas vidas, nossas doenças, nossas dificuldades e nossas conquistas. Esta parte de contato é divina, com certeza.

No fim, meu post está mais para agradecer a todos e a tudo, pois estou feliz.
Feliz por tudo o que vi, falei e ouvi.
Me alimentei não só de remédios e comida, mas de estórias e vida humana, de sentimentos.
Amo viver,


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Foi no Mackenzie


Não é piada...aconteceu mesmo. Foi no Mackenzie.

Cheguei tarde aquela noite..eu estava fazendo Processamento de Dados, a classe lotada..uma chuva que doía do lado de fora, a sala fechada, cheirando a jaula.

O fundão tinha uma cadeira vaga (milagre) que eu corri pra me sentar nela. Sempre preferi o fundão, em qualquer curso. Vê-se tudo, ouve-se tudo...

Era aula de contas, matemática, álgebra, mais contas e o quadro branco estava cheio de fórmulas...números.

A professora era nova...eu nunca mais a vi..acho que foi substituir alguém..nem lembro mais como ela foi parar lá. 

Fez uma pergunta num determinado momento e a classe, antes com seu murmurinho geral e abafado de sempre, ficou absolutamente em silêncio.
-Onde está o minuendo?

Silêncio.
-Onde está o minuendo? - Se Notava a voz um pouco alterada da profe lá na frente.

Olhou firme para todos nós, e mais lentamente do que antes refez a pergunta:
-Onde está o minuendo?
Silêncio sepulcral.

Eu fiquei só de olhos abertos...acho que minha boca abriu também, mas não notei... lembro que fui esboçando um sorriso diabólico, esperando a classe responder onde estava o minuendo. Eu sabia que algo aconteceria.

E foi aí que a coisa estourou.
Nervosa porque ninguém respondia, ela começou a bater a mão no quadro, em cima da fórmula, gritando repetidamente "-Onde está o minuendo"... -Onde está o minuendo? - e a voz cada vez mais alta..

Num momento para respirar, enquanto a profe engolfava, o Marquinhos, perto de mim, levanta a mão e grita:

'-Porra, Minuendo, levanta a mão, caralho, senão a profe vai ter um xilique"...

Eu deveria ter morrido naquela noite, de tanto rir.
Ainda hoje, quando me deparo com uma subtração, eu lembro disso...

... e por falar em vídeo da NASA



Incrível viagem pelo tempo, olhando da cadeira o planeta inteiro mudar em segundos o que levou milhões de anos para acontecer...

Sniff! O Meu Rio do Peixe vai virar mar...

Mas esta é a jornada certa...

TODO LO CAMBIA....

Aquecimento Global

A NASA publicou este vídeo.
A contagem vai de 1880 à 2011...
Aquecimento global não pode ser um engano de muitos.
Tem gente que não acredita, não aceita...mas são tantas provas...
Você acredita em Aquecimento Global?
EU ACREDITO.



domingo, 25 de novembro de 2012

Tirinhas Tolkien Based da Talira II

Faz muuuito tempo que eu não pulo numa cama elástica...lembro de ter pulado na minha cama, junto com minha irmã, numa arte noturna...rostos afogueados, respiração ofegante, minha mãe, parada na porta, perguntando se alguém estava fazendo bagunça no quarto!!! Claro que não, foi a resposta rápida. Nunca perguntei se ela acreditava em nossas respostas..

De qualquer forma, eu também ia querer ficar mais tempo pulando na cama elástica....




segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Tirinhas (Tolkien Based) da Talira I

Tô fazendo algumas tirinhas engraçadas sobre o Senhor dos anéis e O Hobbit, de Tolkien.

Tirinhas que começaram "do nada" (será??) ...da minha vontade de desenhar, de um amigo da internet que acreditou em mim, depois uma mesa digitalizadora simples mas divina para desenhar e brincar...e assim foi crescendo a ideia até virar fato.
Aqui vai a primeira.


Você lembra do jogo O Detetive?? Então....
No portão de Mória, ninguém sabe a palavra mágica...
Um tempão parados, esperando...
que tal um joguinho para distrair??


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Jornada VII - Anna Dittmann

Pôxa, ela só tem 19 anos..nasceu em 1993, em Savannah, Georgia...e faz lindas ilustrações...

http://annadittmann.carbonmade.com/





vale a pena visitar o site da jovem pintora.


















quarta-feira, 7 de novembro de 2012

E aí a vida trás....Parte 1

Já que eu falei de morte, nada mais justo falar da vida, pois não existe m sem o outro.
Mas o que é vida?
Desde sempre o homem se pergunta o porquê da Vida, da Morte, da Existência, com áreas específicas da humanidade responsáveis pela resposta. Religião, Química, Física, Biologia...todos os campos de conhecimento procuram a resposta do enigma: porque vivemos? O que é Vida??

Deve haver uma resposta, simples, clara, e que contemple todas as formas de vida, sejam micro ou macro cósmicas, sem nenhum tipo de interferência ética ou moral. Não há vida que seja ruim, má, ou que não mereça estar ali. Não há vida certa ou errada.
Há vida. Só isso.
Só isso??
Não é assim tão simples, né??
O que é vida?
Por incrível que pareça, os cientistas ainda não conseguiram definir VIDA. 
Tradicionalmente, considera-se um ser vivo quando apresenta (pelo menos uma vez na sua existência):
1.crescimento, ou produção de novas células;
2.metabolismo, ou consumo, transformação e armazenamento de energia e massa;
3.movimento, interno ou movimento próprio;
4.reprodução, ou seja, gerar entidades semelhantes á si próprio (descendência modificada);
5.Resposta á estímulos, ou capacidade de avaliar o ambiente e agir em resposta á determinadas condições.

Pronto. Vida definida?? Nada disso...aliás, longe disso. Estes critérios não valem para todas as formas de vida. Fungos, vírus, bactérias...
Muitos organismos não se reproduzem, como as mulas e as formigas obreiras, no entanto, continuam vivos, certo??

Se toda a vida no nosso planeta Terra se baseia nos compostos de carbono, então toda a vida no Universo é assim feita?
Estrelas e fogo tem movimento próprio, reagem ao meio ambiente, tem metabolismo..mas não são seres vivos, certo??

Origem da vida?? consenso geral: não existe!
1.condições pré-bióticas, criando moléculas orgânicas;
2.fosfolipídios, formando a estrutura básica da membrana celular;
3.RNA, ribozimas que se replicam, em gases primordiais.

Isso já chega para definir vida, certo? Ainda não.
Muita falha...Um bom exemplo de falha é que o fogo entraria como ser vivente, na definição metabólica, e os cristais seriam vivos na definição termodinâmica, pois criam e mantêm a ordem local e podem se reproduzir.
Um automóvel, por exemplo, "come e metaboliza a gasolina, joga seus dejetos pelo escape. Respira oxigênio, expira gás carbônico, enquanto algumas bactérias vivem na ausência completa de oxigênio..Seria interessante classificar o fogo, os cristais e máquinas como seres vivos, ainda que inanimados (parece que o único ponto onde todos estão acordes é que a vida na Terra surgiu à partir de matéria inanimada, que, por meio de incessantes reações químicas, formaram moléculas, que formaram aminoácidos, que formaram proteínas, que formaram células.
Saímos de moléculas orgânicas (que contém carbono, oxigênio e nitrogênio) dissolvidas na água, nosso solvente que permitiu que estas reações químicas ocorressem.
Mas isso não quer dizer que TODA forma de vida no Universo tem que ser assim.
Isso quer dizer que a VIDA definida como nós conhecemos aqui no planeta Terra pode ter definição distinta em planetas onde a água não existe (deveria ter outro solvente no lugar, é claro) e onde as moléculas de vida não sejam exatamente formadas de carbono, e sim algum substituto, right??

Para achar vida em outra parte, temos que definir vida, senão, como saber o que procurar? Como comparar??
Ou seja, VIDA e MORTE ainda são artigo considerado indefinido.
Apenas sentimos a VIDA e a MORTE, cada ser vivo com suas próprias forças de julgamento.
Não há definição correta...ou errada. Sabemos que a VIDA é curta, passa rapidamente e, quando percebemos, estamos no fim. Sabemos a morte rompe um estado, definitivamente.
De resto...

O que é vida para você?
E Morte??


Por falar em morte, "Você não conhece Jack", sobre o Dr. Jack Kevorkian


terça-feira, 6 de novembro de 2012

E ai a morte leva....

1980-2012
A vida não nos prepara para a morte.

Parece que este "departamento" da vida é deixado para trás, como se, escondido, ele sumisse... Quem sabe? Fazendo como as criancinhas que se escondem atrás das mãos, achando que, se não veem, não são vistas também.
Mas não é bem assim.
Nascemos e comemoramos a vida desde o primeiro alento.
Festas de aniversário.
Quando somos crianças e alguém morre, toda a dor é escondida. O ritual da separação é deixado para trás, e as crianças vão cedo para a cama, sabendo que algo aconteceu mas não sabem dizer bem o quê. A vovó foi viajar e não vai voltar mais. "-Como assim, não volta mais???". E a pergunta fica sem resposta, mesmo porque adultos também não sabem para onde vão os que morrem.

Isso deveria ser artigo religioso. E é..eu sei.
Mas nenhuma delas, seja qual for, resolveu mesmo o enigma da morte.
Para onde vamos ainda é uma questão de fé, um artigo que não se prova, apenas se sabe, se sente, se intui.

Alguns tem certeza que não vai dar em nada.
Outros sabem que vão para determinado lugar e pronto. Esperam.
Ainda existem os que acreditam que seus corpos, decompostos pelo tempo, serão ressuscitados e voltarão à vida.
Juízos, tribunais divinos, infernos, céus e virgens, tudo isso é questão de fé. Não se prova com meios "materiais", visíveis, nesta dimensão e para nossas mentes pequenas e ainda por evoluir.
(que digam nossos velhos, crianças e animais!)

Então, falar de morte significa falar de cada um de nós. Nossos medos, nossas crenças, nossa visão de futuro espiritual. Que me desculpem os que tem a certeza do que acontece depois da morte. Eu não tenho certeza de absolutamente nada.

Apenas uma quantidade enorme de emoções, subindo e descendo pela coluna, aumentando os batimentos cardíacos ou diminuindo de forma alarmante. Falar de morte é falar de saudades, de amor que fica e dói...é mexer com memórias e tudo o que este baú de recordações pode conter.

Falar de morte é falar de tudo o que sentimos em vida.
E eu senti só amor por ela.
Só verdades, ouvidas e ditas, que mexeram de forma a melhorar meu Ser.
Eu amava quem eu era ao lado dela.
Eu era feliz ao seu lado, com suas lágrimas e suas risadas.

Minha esperança é descobrir em mais alguém essa felicidade de ser e ter amiga assim.
Obrigada pela presença, ainda que breve em minha vida.

Saudades.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Unless...

"...unless there be a light beyond the dark roads that we still must tread, you and I"...



"No pé da colina Frodo encontrou Aragorn, parado e em silêncio como uma árvore, mas em sua mão estava uma pequena flor dourada de Elanor, e uma luz em seus olhos. Ele estava envolto em alguma memória justo, e como Frodo olhou para ele que sabia que ele viu as coisas como elas haviam sido neste mesmo lugar. Para os anos sombrios foram retirados do rosto de Aragorn, e parecia vestido de branco, um jovem senhor queda e justo, e ele falou palavras na língua élfica para alguém que Frodo não podia ver. Arwen vanimelda, Namarie!Ele disse, e então ele respirou, e retornando para fora do seu pensamento, ele olhou para Frodo e sorriu. `Aqui é o coração do Elvendom na terra", disse ele, 'e aqui o meu coração habita sempre, a menos que haja uma luz além das estradas escuras que ainda temos que trilhar, você e eu Venha comigo! ' E, tomando a mão de Frodo na sua, ele deixou a colina de Cerin Amroth e veio lá nunca mais como um homem vivo ".

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Tekoa Virtual Guarani



Tem muito blog por aí comentando o vídeo denúncia da "Tekoa Virtual Guarani".
Foi apresentado na abertura do Fórum Social Mundial 2012, com a presença da presidente Dilma Roussef.
Um destes momentos monstruosos de nossa estória. E o Brasil não sabe. Não ouve. Não vê.


Educação neste país falta mesmo.
Conhecimento também
Ler um livro abre mesmo a mente..leva a pessoa para mundos nunca antes vistos, abre a cabeça da criatura acostumada com seu metro quadrado, mas precisa modificar a alma do ser, o depósito da ignorância gigantesca que "atravanca o pogresso", que não tem nada a ver com livros e educação.

Estes índios, minha pobre avó analfabeta, são pessoas inteligentes, cheias de conhecimento, e querem ser respeitados.

Quem faz as leis, quem dirige, geralmente fez faculdade, leu muitos livros, frequentou universidades e dá palestras para o estrangeiro, cobrando fortunas para que suas vozes sejam ouvidas.
Educação para o povo realmente é necessário.
Mas mudar uma nação começa sempre por nós mesmos.
Eu acredito na massa crítica, que, quando atingida, renova o velho.
Quanto mais gente souber, quanto mais gente se indignar, quanto mais movemos nossos traseiros, mais ajudamos a transformar o mundo em um lugar melhor.

Começar em nós mesmos é o único meio que eu conheço, com ou sem livros, de transformar verdadeiramente alguém ou alguma coisa.
Fazer o meu melhor, mudar meus hábitos, olhar o próximo com olhos de respeito e dignidade.

Lutar como Turin Turambar, com espadas, com a força e a guerra...não sei não...Lutar com livros já é bem melhor.

Mas se é verdade que o mal no mundo é a soma de todos os nossos males...se o mal reside em cada um de nós e em toda alma humana. ou seja: o mal que existe no mundo nada mais é do que a soma do mal que existe em todos os seres humanos... animais não fazem o mal, plantas não fazem o mal...vejo as cobras que picam e matam ...gente, elas estão sendo cobras...se atacadas, molestadas, elas picam e matam..mas isso não é o mal.
O mal é um cara chegar na terra do índio, por exemplo, molestar velhos, mulheres e crianças, torturar e ofender mortalmente a criatura à ponto de deixar o suicídio como único caminho honrado. Isso é mal.
E se o mal que existe em mim se junta à todos os outros, acredito que, transformando a MIM mesma eu consigo fazer algo. Massa crítica atingida, o mundo começa a se transformar...mas para atingir a massa crítica, é só assim: um a um.

Saber faz toda a diferença. Ignorar é que não podemos mais.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Ziegfeld follies em 2012

Quando eu era pequena, beeeem pequena, eu vi na televisão um filme colorido por computador....era uma novidade, renovando as películas de filmes antigos, preto-e-branco que, na era da cor, não eram mais vistos. Todo mundo queria ver filme colorido.
Sentei na frente da televisão, e esqueci do mundo. Entrei naquela hora em um teatro, cheio de véus, um cenário rico em colorido (por computador), mulheres lindas, quase iguais, vestidas com roupas diáfanas, longas pernas molduradas por sapatos de altos saltos...tudo brilhava muito e a música fazia com que elas, as mulheres, cantassem e se mexessem pelo palco, em rodopios sincronizados.... tudo tão lindo...elas...o teatro, a música....tudo!!
Hoje eu sei que aquelas moças existiram de verdade, na Companhia de Flo Ziegfeld.
Peggy Hopkins Joyce

Hoje eu sei que um bom número de atrizes famosas na época saíram do palco dançante para as grandes telas de cinema.
Barbara Stanwyck

Hoje eu sei que elas enfrentaram todo tipo de preconceito social, moral...
Julanne Johnston

Mas, naquele dia, eu sabia que elas eram divinas, eu tinha certeza de que eu gostaria de ser uma delas.
Doris Eaton Travis

No fundo, acho que toda mulher tem um pouco de follies girls, ou pelo menos gostaria de ter, deveria ter...
Anne Lee Patterson

Mulheres, mulheres..
Neste site CENTENÁRIO edição limitada de cópias 1907-2007 - 100 Anos de as Ziegfeld Follies tem imagens que foram trabalhadas com modernas técnicas, melhorando as imagens em muito.

Mas não importa, né?? Seja em 1900 ou 2000, mulheres brilham...




sábado, 13 de outubro de 2012

Feira da Liberdade I

Eu escrevo no blog de forma "meio" aleatória, esquecendo se o assunto já foi contado ou não.
De qualquer jeito o fato ocorreu, não importa de que forma venha. Se já foi contado, sei que foi muito parecido com o que esta abaixo... ;D

Eu pintava quadros, dava aulas de pintura e durante algum tempo minha vontade era de expor minhas obras nas calçadas, como qualquer bom artista que se preze.
Eu queria estar nas praças, levanto arte, a minha interpretação de arte, para o povo. Queria contato, ver o rosto das pessoas entrando nas telas, conhecer novas pessoas, outros pintores, artistas de rua...cores.


Me inscrevi para ser um dos primeiros artistas para expor telas na praça da Liberdade, que era só para comida e artigos orientais. A prefeitura estava expandindo o alcance da praça, convidando artistas para exporem seus trabalhos nas imediações.

Depois de alguns meses, já havia até esquecido do fato, quando recebo um comunicado da prefeitura dizendo das condições para expor meus trabalhos na praça, definindo o padrão de listras vermelhas que eu deveria adotar no toldo de minha barraca, quais as condições de segurança (lembro que minha parte era pagar R$10,00 aos seguranças da praça para que passassem algumas vezes por domingo no quarteirão onde nós estávamos). Meu coração veio parar na garganta. Me armei dos documentos, dos R$ 10,00 levantei cedíssimo, pois a praça deveria estar pronta antes das 7 da manhã e fui para a realização de um sonho. Iria expor minhas obras na calçada de uma praça. Eu não podia me conter de felicidade.

Durante meses eu fiz a mesma rotina, todos os domingos. Acordava bem cedo, saía disparada com o carro (uma brasília branca, 'quase" nova, "quase" silenciosa, "quase" limpa), já carregado na noite anterior com telas, telinhas e telonas, com pequenos artigos com telas minúsculas pintadas com esforço de mãos e olhos. Estacionava longe da praça, pois os flanelinhas que "trabalham" lá ODEIAM quando os "artistas" estacionam os carros, "roubando" vagas que ficarão "ocupadas" o dia todo, sem render grana para eles. Afinal, eles ganham toda vez que saí um cliente e entra outro. Para evitar que aparecesse outro risco na lataria já gasta da brasília, estacionava longe, não tão longe que me causasse desconforto, nem tão perto que "desconfortasse" os tais flanelinhas..

Punha minhas peças e toldo num pequeno carrinho de mulambeiros, (sabe?? Descobri à duras penas que são os melhores para carregar pacotes desengonçados, em distâncias pequenas, e que possam ou não pesar mais do que conseguimos carregar nas mãos ou nas costas) e lá ia eu, alegre, levando o fruto do meu trabalho para o local de maior contato entre criador/criatura e o outro, aquele que contempla, que observa e participa da obra: a praça.

Vestido, pois a época era de calor insuportável, como descobri logo, e filtro solar, porque mesmo debaixo do toldo, a vida se esvai em calor e chamas, que sobem do asfalto e descem do céu, em forma de raios quentes e radiações de todo tipo. Mesmo sendo desconfortável, eu precisava ir de vestido. O calor era mesmo de lascar. Pensava em Lawrence das Arábias nos momentos mais quentes do dia, quando o calor que sobe desfaz a paisagem, criando impressões de movimentos e ondulações nas pessoas e coisas. Ria sozinha, vivendo aquilo tudo com a mesma emoção que o tenente inglês viveu nas areias de Damasco. Com vestido eu não poderia me sentar no chão sujo e rústico da praça, mas teria que sentar em ridículas cadeiras de Camping  onde mais se equilibra do que senta, tentando fingir conforto e segurança num objeto pequeno e titubeante no chão pouco liso e cheio de alterações de altura e textura.

Fiz amigos estranhos, como tem que ser as pessoas que frequentam este meio. Somos todos muito estranhos, não só no vestir, mas principalmente no agir. Diferentes.

Conheci um mágico, que nos domingos expunha lindos quadros infantis. Me deu seu cartão assim que me apresentei, e logo ficamos amigos. Me ajudou com a barraca (-Como se monta isso, sr mágico?) e começou a falar sobre a praça e seus frequentadores. Contou-me que havia chegado na praça fazia uns 4 meses, e que havia sido chamada para cobrir as desistências desta primeira leva.
-Foram muitos??
-Humm.... alguns!! - e me deu uma olhada marota - "-Aqui não é fácil, menina.... tem que ser louco!!".

Quando o sol se punha, pegava meus quadros (os que eu não havia vendido) já guardadinhos no tal carrinho de muambeiro, minhas sacolas (garrafas de água vazias, meu lixo, como restos de papéis e lencinhos umedecidos, um pote plástico com restos de algum lanche ou doce...lenços de papel, e é claro, um rolo de papel higiênico, disputado aos tapas quando o assunto é banheiro público) meus óculos escuros, minha pochete com trocos e cheques, moedas e balinhas de goma e lá ia eu, ás vezes acompanhada de alguém, conversando sobre alguma peça de arte, algum acontecimento do dia (e estes acontecimentos eram muitos...e todos os domingos...), algum comentário de um transeunte, uma festa ou uma cerveja.

Os domingos seguiram assim durante um bom tempo.
Aos poucos vou contando (até para eu mesma ler) tudo o que passei.
Vai ser divertido lembrar daquilo tudo.




sexta-feira, 12 de outubro de 2012

PDF da Revista Pandim JUL/2012

Visitando a net por aí me deparei com este site super legal, super alternativo, super moderno, super ecológico, com criações baratas, positivas para as pessoas envolvidas, tanto financeira como moralmente (afinal, todos nós, sem exceção, temos a obrigação moral de cuidarmos de nosso planeta, nossa casa azul), positivas para o planeta, para todo mundo.



http://moradadafloresta.org.br/PDFs_para_download/Revista_Pandin_pag%2028_31_por_um_planeta_melhor.pdf

neste link você encontra o PDF da Revista Pandin - "Por um planeta melhor".

Vale a pena dar uma olhada.
O site legal? http://www.moradadafloresta.org.br/



Passa lá!!
Consciência dói, mas faz um bem incrível dar ouvidos à ela....

Jornada VI - André Martins de Barros

Espanhol.
Nasceu perto da fronteira, e começa  a pintar om 15 anos.
Paris. Onde tem seu estúdio, perto do Molin Rouge, e pinta seus incríveis quadros surrealistas.

Vale a pena fazer essa viagem.
Vale muuuuuito a pena.










Vai visitar...olhar...viajar nas telas..

Aproveita!!



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Urna na roça, o doberman minúsculo e as voltas que o rio dá...

E na roça vai-se ás urnas votar naqueles em quem acreditamos para legislar por nós.
O que eu vi foi muita sujeira na rua.
Vi gente mal vestida, mal calçada, vi gente bonita e feia.
Vi muito animal magro, ferido, faminto e perdido na rua.
Vi o bar lotado de caipira pinguço, de peito de fora, chapéu de Cowboy na cabeça ignorante, "beudos" com cachaça de última, baratinha e cruel, fazendo que os estalos de língua sejam ouvidos do outro lado da rua.
Vi turistas, de chapéu na cabeça, óculos escuros, shorts ou bermuda, andando de mãos dadas, com família,

Vi cachorrinho pequenino correndo solto na estrada. Este eu até parei o carro, fechei o trânsito na estrada. O cachorrinho corria como louco, não se vendo as pernas finas e rápidas. Corisco canino, e os carros iam parando...a fila ia aumentando, aumentando, até que deu volta na curva, lá trás. Todo mundo me vendo correr pela estrada, atrás do pequeno que se escondeu como rato no meio do mato. O ônibus que estava na frente seguiu com o cortejo atrás,e era carro que não parava mais. Eu, vermelha, ofegante, recebia os elogios dos amigos motoristas. rs

Mico á parte, eu ainda penso naquele cachorrinho perdido, ali na mata, com fome talvez. Tinha coleira prateada, com dentes, lembrando um doberman minúsculo e assustado. Que pena.

Não sei se tem candidato descente. Se tem, eu não conheço. Justifiquei, já que meu título é de outra cidade. Abracei São Chico como morada provisória, até o rio me levar para outra curva...

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Por que escrevo?

Escrevo como quem fuma escondido dos pais.
Sempre gostei desta sensação.
Por isso, escrever de noite, nas madrugadas insones..muitas.

Escrevo como quem tem um segredo, destes que podem modifcar o mundo.
Sempre gostei desta sensação.
Por isso, o poder que tenho ao dedilhar as teclas do computador.

Escrevo como quem não tem dono, nem regras a seguir.
Sempre gostei desta sensação.
Não viver na temporalidade, nem com restrições e regras.

Isso me inebria.
Me transforma, me completa, desenvolve em mim capacidades que eu não sabia que tinha.

Misturo ficção e realidade.
Não tenho mais o limite definido. Libertei-me.

Inebriante sensação de voar.

 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Os Sete pilares da sabedoria e outros escritos

Hoje fui fazer uma limpeza em parte de meu armário. Aquelas coisas importantes para deixar minha vida mais leve, mais gostosa de caminhar: menos roupas, menos tranqueiras uteis que não são usadas (então não estão na "plenitude de suas forças"), papeis velhos lidos pela enésima vez e, por fim, jogados fora. Alguns acabam sendo copiados (estavam velhos, manchados ou presos em algo que vai pro lixo já já).

Vou escrever aqui algumas destas frases, tiradas do livro Os sete pilares da Sabedoria, de T.E. Lawrence. Simplesmente perturbador ler sobre cultura tão diferente da minha.
Gente, que livro incrível escrito por esta figura não mais crível: Lawrence da Arábia, famoso tenente da Rainha, em missão na arábia, um participante ativo e fundamental no nascimento do que hoje se conhece dos Países Árabes.

"Sofrer por outro na simplicidade, proporcionava uma sensação de grandeza. A redenção sincera devia ser espontânea e infantil. Quando o "expiador" estava consciente de 2ªs intenções e da glória posterior do seu ato, ambas as coisas se desperdiçavam".

"O homem podia se elevar à qq altura, mas havia um nível animal abaixo do qual ele não podia cair".

"Sentimentos e ilusões estavam sempre em guerra dentro de mim. A razão era forte o bastante para vencer, mas não suficientemente forte para aniquilar o vencido ou se abster de gostar ainda mais dele".

"Eles falavam de comida e doenças, diversões e prazeres, logo comigo, que achava que reconhecer a posse de nossos corpos já era degradação suficiente, sem que fosse preciso ampliá-la com suas falhas e atributos".

"Para o homem racional, as guerras de nacionalidade eram tão fraudulentas quanto as guerras religiosas, pois não valia a pena lutar por qualquer coisa; a própria luta, o ato de lutar, também não se expressava qualquer virtude intrínseca."

De outros escritos, infelizmente anônimos, cito:

"O Corpo,

É escrínio divino gerado para conter, no espaço e no tempo, tesouros de luz, que os séculos foram trazendo à Essência Divina;

É parte visível e palpável de outro ser, bem maior e mais sábio, que utiliza essa parte material para crescer;

É o limite, a fronteira entre meu ser e o próximo, mostrando até onde eu posso ir e até onde posso deixar que os outros cheguem;

É o templo onde não consigo aprisionar Deus, onde meu Espírito se manifesta e mergulha no mundo das formas;

Por fim, será a casca de divino fruto, que rompida, projetará a Essência, para continuar uma jornada que não tem fim, crescendo no seio do Próprio Criador."