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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Infestações na roça

Tudo bem.
Tem dia que parece noite, certo??

Acordei 6:00 da manhã hoje ouvindo um movimento incomum no forro do telhado de minha casa.
Faz um tempo já (meses) que eu ouço quando os tais morcegos chegam e saem para suas rondas de fome pela noite na roça.
Dá para seguir quando chegam, e se arrastam pelo forro, subindo o telhado, por dentro, como se tivesse corredores, levando aos cômodos de uma casa.
Caminham rápidos, muito rápidos, guinchando alto, conversando com seus pares, certamente fazendo reconhecimentos de cheiros, ruídos, se esfregando e cheirando aos berros (berros para um morcego, pois os guinchos são realmente bem altos).

Dá até para brincar na imaginação.
A família (morcegos são muito familiares) se reunindo, contando como foi sua noite, todo mundo feliz de estar em casa. O dia nascendo lá fora, todo mundo devidamente cheirado e reconhecido, cada um vai para seu cantinho, ainda gritando feliz, e se aconchega, roda mais um pouco, guincha mais um pouco, roda mais um tanto e... pronto! Passam o dia em silêncio.

Eu já tentei espiar de todo quanto foi jeito... subi no morro atrás da casa, nada.
Fui pela lateral, esperando vê-los entrar ou sair (claro que eu fui no horário comum deles, na troca dos horários, se é que você me entende!). Nada.

E hoje eu acordei com eles. Estão muito barulhentos, e suas unhas raspando no forro fino de madeira que nos separa, deu muita aflição. Preciso pedir, urgente, que o Rodrigo venha me acudir.



Rodrigo é um "faz tudo".
Vive no Souza, um bairro de Monteiro Lobato.
Construiu sua casa com as próprias mãos. Vi vários estágios da construção. Primeiro, quarto banheiro. Quarto expandiu, sala apareceu, cozinha entrou (ficava do lado de fora, na lavanderia improvisada), banheiro ganhou um certo status, hall de entrada estilo mediterrâneo (ele nem sabia, foi esfregando a argamassa branca nas paredes com as mãos, e lá estava eu, numa casinha grega. Até um jarro estilo ânfora no chão, com folhagens secas das árvores do local. Moço fino, de bom gosto natural. Gosta de ver revistas de casa e construção, sabe?? (eu também adoro).

Se alguém já viveu a experiência de ter morcegos no forro do telhado, me dá um toque. Já ouvi dizer que não adianta fechar os buracos. Eles voltam. E num telhado alto assim, eles entram mesmo.

Eu não sabia disso de voltarem sempre. Na primeira casinha onde morei por aqui, eu tive morcegos entrando nos buracos do forro da cozinha. Esperei que saíssem, de noite, e fui com jornal embebido em pimenta, muita pimenta. Forrei todas as entradas da casa, já que a cozinha era bem baixinha (ainda é). Não aumentamos porque achamos que faz parte do charme ser pequenina, de boneca, quase. Fogão á lenha bem   perto da chaminé não ia dar certo.... subimos a torre da chaminé, provocando então a subida rápida do ar quente e enfumaçado.



Bom, aventuras na roça.
Bom dia para vocês.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Imagens falam mais do que palavras

Ás vezes isso é verdade.
Mas imagens que vem com explicação ficam incríveis. A estória por trás da imagem pode ser um complemento poderoso para aumentar a força do que vemos.

É assim com esta imagem.
Ela já é incrível pela força da Natureza.

Saber onde foi torna mais mágico.

No sopé do Monte Bromo, um vulcão ativo na ilha de Java, já famosa por seus espetáculos de fogo e areia, e lava e explosões. Lá tem um templo, no meio das brumas...

Que coisa mais incrível.

Amei saber disso...amei ver isso.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Jornadas não lembro o número

Pôxa, quem estiver na França, dá um pulo na Fundation Cartier. A exposição foi prolongada para novembro... demais de amazing.

Estão com uma amostra do escultor australiano hiperrealista Ron Mueck.

Incrível, sabia??

Miniaturas ou gigantes, estas estátuas chamam a atenção pela perfeição dos detalhes.

Vai dar uma espiada no site da Fundação bem aqui!

Dia anormal "da roça"

Dias comuns de roça. Será?? Acho que nem tanto.

Acordei cedo. Levei marido para a rodoviária. Fui até o shopping. Comprei blusa numa oferta imperdível. Fui ao banco pagar contas, transferir a mesada do enteado, pegar os talões de cheque.
Dei um pulo em Monteiro para comprar a ração dos meus filhos, ou saindo do ridículo, daquilo que eu considero mais perto de amor de filho: meus animais, afinal, são eternas crianças.
Depois, São Francisco Xavier, no depósito de material de construção. Comprei as buchas e parafusos que eu precisava..bem, eu não. Mas o Rodrigo, que está fazendo umas reforminhas aqui em casa, pediu que comprasse os tais parafusos, com bucha e tudo.
Saí do depósito e fui para a Quitanda, onde comprei minhas frutas para esta semana. Conversei indignada com a dona do sacolão versão roça, a Gislaine, (lugar agradável, sempre limpo, amplo, cheio de coisas frescas, atendimento personalizado, com gente linda e simpática)..indignada porque mostrei minha carta recebida da VIVO (ver meu post  aqui no blog) e disse a ela que iria conversar com o Sub-Prefeito.

E assim dito, assim feito. Fui falar com o Ricardo, que não estava na prefeitura. Estava numa reunião, e de tarde teria outra reunião.... Mas eu preciso conversar com ele. Então eu tiro uma cópia de sua carta, entrego para o Ricardo assim que ele chegar. Pode me dar seu telefone que ele retorna. Sério?? Dei meu telefone.

E ele ligou. Implorei por um orelhão na roça. Aqui o povo anda muuuuito para poder telefonar. Não é todo mundo que tem celular, embora eu acredito que o motivo mesmo da turma não ter celular é que a região aqui não tem antena legal, então é muito difícil pegar celular. Então eles até tem o aparelho que funciona muito bem obrigada em toda parte, menos na casa onde se mora. E onde seria importante ter um telefone que funcione.

Você não acha??

Eu recebi uma promessa. Com tantos protestos, receber mais uma promessa é acreditar na mudança, não é??

Dei as porcas e parafusos.
Depois falei com o serralheiro.
Vai fazer uma grade de ferro em volta da varanda...afinal, não quero netinhas andando por aí, despencando morro abaixo, afogando na piscina...então, grade na varanda.

Hoje limpei a piscina.

Viu algo de roça??
Eu também não...

sábado, 22 de junho de 2013

sábado, 15 de junho de 2013

O dia que fui abduzida

Ufa... sentada hoje navegando na net com um café quentinho para esquentar no frio da roça bem cedinho, me deparei com algo, e eu ainda não sei o que exatamente, que me fez lembrar um acontecido, há 40 anos atrás, comigo. Foi uma viagem psicológica, vamos dizer assim..algo visivelmente criado pela minha mente.

Eu deveria ter uns 8 ou 9 anos. Havia brigado com minha irmã por besteira, mas o mundo naquela hora havia se transformado em algum lugar muito nervoso para viver. Como todas as besteiras que provocam brigas, eu não me lembro que besteira era. Minha irmã entrou na casa da rua Princesa Leopoldina e eu fiquei na calçada, decerto balbuciando impropérios para a mana mais nova.

Aí eu não lembro muita coisa..me sentei na escada que levava para o hall de entrada, com suas enormes portas de vidro e devo ter adormecido. Lembra de um episódio do Dr.House, quando ele começou com alucinações e não sabia mais diferenciar o que era falso do real? Então, eu entrei em alguma zona mental assim, eu acho...

... Porque eu adormeci, eu acho. Eu estava deitada nas pedras São Tomé, grandes e quentes da escada, e a luz veio de cima, de um pequeno disco dourado que sobrevoava a minha casa.. Como seu eu fosse uma observadora externa (porque a partir desta luz, eu me via mas sentia tudo o que "eu sentia" dentro do corpo da menina..sabe??), vi quando o facho de luz iluminou meu corpo deitado e o transportou para cima, como num teletransporte...como nos filmes de abdução. Mas imediatamente após puxar o corpo, a luz desapareceu e o corpo estava lá, deitado, na mesma posição de quando subiu.

Vi quando eu acordei olhando para cima, sem ver nada. O disco não estava mais lá, e obviamente foi um sonho passageiro, vivido como real naqueles segundos de apagão. Me levantei e subi o resto dos degraus, estranhando encontrar a porta de vidro fechada com chave. Não havia ouvido minha mãe ou meu pai trancar a porta, mas acho que foi porque eu dormi... Bati na porta, que estava trancada mesmo.

Nada. Desci e apertei a campainha. Era alta e dava para ouvir do lado de fora. Era ruim, porque minha casa era passagem de escola e aí já viu..dezenas de meninos apertavam a campainha e ficavam escutando ela apitar como sirene de bombardeio aéreo. Quando minha mãe chegava na janela, eles corriam felizes com a traquinagem.

Meu pai apareceu na mureta que havia antes do hall. Parávamos lá para observar quem tocava a campainha. Como as portas eram de vidro, minha mãe colocou plantas, numa época, para disfarçar nossas cabeças entre as folhagens para não sermos vistos. Esta tática materna me fazia sentir ridícula, olhando entre folhas a pessoa lá fora que por sua vez, fazia esforço para achar alguém entre as folhagens..kkkkkk

A chave girou. A porta abriu, e a pergunta que eu ouvi me desconcertou:

"-Pois não, menina, o que você quer? Está perdida?
-Pai??"

Ele se abaixou para ficar na minha altura. Não fez menção de sair e vir até mim. Ficou na soleira, parado, com cara de dó.

"-Você não sabe onde está?"

Eu não me lembro se eu falava algo diferente de pai, pai, pai, ficando cada vez mais nervosa por ver que ele estava me ignorando, brincando que não me conhecia mais.

Meus olhos foram até a direção da mureta. Vi minha irmã, com uma roupa de bailarina rosa, com enormes fitas rosas na cabeça. Quando foi que ela ganhou esta roupa?? Que laços eram aqueles?? Que vestido estranho, que eu nunca havia visto..e por que eu não ganhei um igual???

Digreção: minha mãe não era nenhuma maluca, e não criou Normam Beates por ai.... mas quando éramos pequenas, minha irmã e eu recebíamos dos pais roupas iguais.. ela de uma cor e eu de outra. Então porque eu não ganhei uma roupa daquelas?? Por que só a Paula ganhou uma roupa rosa de bailarina??

Minha mãe veio até a porta. Eu pensei que ela me reconheceria, mas não. Ficaram os três, na soleira da porta, me oferecendo um prato de comida ou ajuda para encontrar meus pais, enquanto meu desespero aumentava até quase desmaiar de medo.

Foi assim que eu acordei, com minha mãe na porta perguntando se eu estava bem??

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Perigo, perigo, perigo

Aqui não vale muito ter medo.
Não tem para onde correr, nem se virar para esconder...
Em toda parte, até onde você menos espera, vai encontrar algo que desperte esse sentimento. É inevitável.. :D

Mas não é medo de gente, heim?? Medo de gente se tem em toda parte, porque gente é capaz de fazer tudo e qualquer coisa por nada. Falo do medo de coisas que não conhecemos, falo do medo de insetos estranhos, por exemplo, que não se vê na cidade... são seres diferentes, espaciais alguns... E dão medo!!

Sei disso por experiência própria.

Urbanóide acostumada a ter a casa absolutamente limpa, livre de insetos que deixam rastros gosmentos, que defecam, que vivem suas vidas sem pensar em humanos... insetos em casa urbana é sinal de sujeira, de desleixo.

A boa dona de casa usa desinfetantes, produtos e aerosol para limpar e manter sua casa livre de insetos... mas só contra os insetos.

Por aqui eu estou me acostumando á toda essa fauna e flora que vou conhecendo.
Sei que no mundo existem 7 bilhões de toneladas de insetos... acho que os humanos e os insetos vão povoar o planeta como praga...aliás, a praga já esta instalada há muito tempo, não é?? Mas não falo agora dos insetos. :D

Ontem fui procurar meus óculos.
Eu sabia que havia tirado no banheiro de baixo (meu banheiro esta com a resistência queimada e eu ainda não tive coragem de subir numa cadeira e tirar os parafusos do mesmo) pra tomar banho..então desci e fui apalpando as mesas para descobrir onde estava o precioso objeto que me faria enxergar melhor todas as coisas.

Não sou exatamente cega sem ele, mas é muito provável que eu não vá reconhecer seu rosto na rua se me deparar com você (conhecido, obviamente) se eles. Corro o risco de passar por você sem notar. Sem eles tenho dificuldades grandes de ver detalhes, limites bem definidos, situações por completo. Confesso que mesmo com óculos, todas estas coisas subjetivas continuam sendo uma dificuldade para mim, quando em estresse..mas digressão tem momento...e eu estou fugindo muito do assunto, como sempre.

Uma coisa que eu percebi quando estou sem óculos é que meu corpo assume a parte deficiente, recuperando o senso de ver tudo, só que por outros meios que não os olhos, deficientes pela falta de lentes corretoras.

Quero dizer que, mesmo sem óculos, ou de costas, posso sentir meu corpo arrepiar, sem controle da pele, que vai enrugando.. a nuca fica com os cabelinhos em pé. Meus olhos arregalam, querendo ver o que ainda não veem... e aí eu fico em alerta máximo...

Nostromo, com suas luzes piscantes, nave no meio do espaço..perigo perigo, perigo.."esta nave se auto destruirá em 5 minutos"..sabe???

E aí vou eu, lentamente me virando pelo ambiente, tentando, agora sim com os olhos, apertados para enxergar melhor, ver se acho no meio do borrão, a mancha que me indicará a posição correta do inimigo.

Luzes piscando, perigo, perigo...

Sempre acho. Ou uma enorme aranha, ou enorme taturana peluda grudada no armário, dura pelo tempo ali ficado, na construção de algum casulo para transformações miraculosas da Natureza.
Estas "manchas", peludas algumas, gosmentas ás vezes, despertam sempre esta sensação de perigo.
Esta era grande. Uma aranha peluda e enorme no chão. Parada, olhando com mil olhos para mim. Parada também, olhava com dois olhos míopes, nervosos por não ver direito. Meu corpo avisa sem parar do perigo eminente...e lá fui eu..tateando pela mesa, longe do monstro peludo...fui procurando a peça preciosa até achá-la finalmente perto da pia.

Coloquei o danado no nariz. Peguei meu chinelo lentamente e mirei na bicha. Eu não queria matá-la, como não matei. Eu só queria que ela soubesse que eu sabia. Sabe??
Atirei o chinelo no chão, que esbarrou em uma das pernas..ela virou de lado, rápida, mas não fugiu..enfrentou o chinelo com garras.. Meu Pai do Céu, pensei...ela deveria ter fugido e não ter ficado para enfrentar o inimigo..essa é das bravas. Confesso que ao ver a coragem da aranha eu acovardei ainda mais.

Corri. Fechei a porta. Mas essa estratégia de fuga não foi aprovada por mim. Não adianta mesmo fugir de seus medos... é melhor enfrentá-los enquanto estão no seu caminho, porque eles ficam por lá, escondidos no meio das roupas, dos objetos, e mais cedo ou mais tarde, eu terei que abrir aquele quarto e olhar tudo procurando por ela. Entendeu??

Enfrentar os medos é melhor, porque limpa o futuro..pelo menos daquele medo.
Com certeza haverão muitos.
Na natureza é assim..
Você não tem coragem???
Não quer viver perigosamente??
Não quer emoções e adrenalina??

Vem pra roça....



segunda-feira, 10 de junho de 2013

After Earth


(G1) O ator mirim Jaden Smith, filho de Will Smith, gravou um vídeo institucional da agência espacial americana (Nasa) em que destaca os esforços do órgão para ajudar a "salvar" o planeta de uma eventual destruição. O adolescente de 14 anos estrelou na sexta-feira (7), ao lado do pai, o filme de ficção científica "Depois da Terra", do diretor M. Night Shyamalan.

Nessa história apocalíptica, a Terra se tornou inabitável após uma série de desastres, e a população precisou se mudar para naves espaciais. Mil anos depois, o general Cypher Raige (Will Smith) e o garoto Kitai (Jaden) pousam, sem querer, de volta no planeta, habitado por predadores como aranhas, cobras, sanguessugas tóxicas, aves de rapina e babuínos enlouquecidos.

No vídeo da Nasa, Jaden descreve as contribuições do programa de Ciências da Terra coordenado pela agência para promover a consciência ambiental e a exploração adequada do nosso planeta. Além de cenas do filme, o material contém animações com dados de 17 satélites da Nasa em órbita atualmente.

Esses equipamentos fazem observações da atmosfera terrestre, da superfície e do gelo, entre outras características, e servem de base para cientistas poderem compreender melhor a Terra, prever nosso futuro climático e aumentar a qualidade da vida no planeta.

"A Nasa tem uma frota de satélites ao redor do planeta que mantém o controle das mudanças climáticas e estuda como os seres humanos estão afetando a Terra. Agora, na Nasa, cientistas e engenheiros estão trabalhando diariamente para ajudar os humanos a aprender a cuidar melhor de sua casa, para que nunca tenhamos que sair daqui", diz Jaden no vídeo.




Onde você estiver...te amo!


Isso foi em 2010.
Me sentei com meu pai, na rampa de acesso do pequeno barco, que espera turistas para um passeio pelo rio, em Ibiúna, São Paulo.

Paz.
Homem manso.
Onde você estiver, Pai.
Te amo.