Aqui não vale muito ter medo.
Não tem para onde correr, nem se virar para esconder...
Em toda parte, até onde você menos espera, vai encontrar algo que desperte esse sentimento. É inevitável.. :D
Mas não é medo de gente, heim?? Medo de gente se tem em toda parte, porque gente é capaz de fazer tudo e qualquer coisa por nada. Falo do medo de coisas que não conhecemos, falo do medo de insetos estranhos, por exemplo, que não se vê na cidade... são seres diferentes, espaciais alguns... E dão medo!!
Sei disso por experiência própria.
Urbanóide acostumada a ter a casa absolutamente limpa, livre de insetos que deixam rastros gosmentos, que defecam, que vivem suas vidas sem pensar em humanos... insetos em casa urbana é sinal de sujeira, de desleixo.
A boa dona de casa usa desinfetantes, produtos e aerosol para limpar e manter sua casa livre de insetos... mas só contra os insetos.
Por aqui eu estou me acostumando á toda essa fauna e flora que vou conhecendo.
Sei que no mundo existem 7 bilhões de toneladas de insetos... acho que os humanos e os insetos vão povoar o planeta como praga...aliás, a praga já esta instalada há muito tempo, não é?? Mas não falo agora dos insetos. :D
Ontem fui procurar meus óculos.
Eu sabia que havia tirado no banheiro de baixo (meu banheiro esta com a resistência queimada e eu ainda não tive coragem de subir numa cadeira e tirar os parafusos do mesmo) pra tomar banho..então desci e fui apalpando as mesas para descobrir onde estava o precioso objeto que me faria enxergar melhor todas as coisas.
Não sou exatamente cega sem ele, mas é muito provável que eu não vá reconhecer seu rosto na rua se me deparar com você (conhecido, obviamente) se eles. Corro o risco de passar por você sem notar. Sem eles tenho dificuldades grandes de ver detalhes, limites bem definidos, situações por completo. Confesso que mesmo com óculos, todas estas coisas subjetivas continuam sendo uma dificuldade para mim, quando em estresse..mas digressão tem momento...e eu estou fugindo muito do assunto, como sempre.
Uma coisa que eu percebi quando estou sem óculos é que meu corpo assume a parte deficiente, recuperando o senso de ver tudo, só que por outros meios que não os olhos, deficientes pela falta de lentes corretoras.
Quero dizer que, mesmo sem óculos, ou de costas, posso sentir meu corpo arrepiar, sem controle da pele, que vai enrugando.. a nuca fica com os cabelinhos em pé. Meus olhos arregalam, querendo ver o que ainda não veem... e aí eu fico em alerta máximo...
Nostromo, com suas luzes piscantes, nave no meio do espaço..perigo perigo, perigo.."esta nave se auto destruirá em 5 minutos"..sabe???
E aí vou eu, lentamente me virando pelo ambiente, tentando, agora sim com os olhos, apertados para enxergar melhor, ver se acho no meio do borrão, a mancha que me indicará a posição correta do inimigo.
Luzes piscando, perigo, perigo...
Sempre acho. Ou uma enorme aranha, ou enorme taturana peluda grudada no armário, dura pelo tempo ali ficado, na construção de algum casulo para transformações miraculosas da Natureza.
Estas "manchas", peludas algumas, gosmentas ás vezes, despertam sempre esta sensação de perigo.
Esta era grande. Uma aranha peluda e enorme no chão. Parada, olhando com mil olhos para mim. Parada também, olhava com dois olhos míopes, nervosos por não ver direito. Meu corpo avisa sem parar do perigo eminente...e lá fui eu..tateando pela mesa, longe do monstro peludo...fui procurando a peça preciosa até achá-la finalmente perto da pia.
Coloquei o danado no nariz. Peguei meu chinelo lentamente e mirei na bicha. Eu não queria matá-la, como não matei. Eu só queria que ela soubesse que eu sabia. Sabe??
Atirei o chinelo no chão, que esbarrou em uma das pernas..ela virou de lado, rápida, mas não fugiu..enfrentou o chinelo com garras.. Meu Pai do Céu, pensei...ela deveria ter fugido e não ter ficado para enfrentar o inimigo..essa é das bravas. Confesso que ao ver a coragem da aranha eu acovardei ainda mais.
Corri. Fechei a porta. Mas essa estratégia de fuga não foi aprovada por mim. Não adianta mesmo fugir de seus medos... é melhor enfrentá-los enquanto estão no seu caminho, porque eles ficam por lá, escondidos no meio das roupas, dos objetos, e mais cedo ou mais tarde, eu terei que abrir aquele quarto e olhar tudo procurando por ela. Entendeu??
Enfrentar os medos é melhor, porque limpa o futuro..pelo menos daquele medo.
Com certeza haverão muitos.
Na natureza é assim..
Você não tem coragem???
Não quer viver perigosamente??
Não quer emoções e adrenalina??
Vem pra roça....
Não tem para onde correr, nem se virar para esconder...
Em toda parte, até onde você menos espera, vai encontrar algo que desperte esse sentimento. É inevitável.. :D
Mas não é medo de gente, heim?? Medo de gente se tem em toda parte, porque gente é capaz de fazer tudo e qualquer coisa por nada. Falo do medo de coisas que não conhecemos, falo do medo de insetos estranhos, por exemplo, que não se vê na cidade... são seres diferentes, espaciais alguns... E dão medo!!
Sei disso por experiência própria.
Urbanóide acostumada a ter a casa absolutamente limpa, livre de insetos que deixam rastros gosmentos, que defecam, que vivem suas vidas sem pensar em humanos... insetos em casa urbana é sinal de sujeira, de desleixo.
A boa dona de casa usa desinfetantes, produtos e aerosol para limpar e manter sua casa livre de insetos... mas só contra os insetos.
Por aqui eu estou me acostumando á toda essa fauna e flora que vou conhecendo.
Sei que no mundo existem 7 bilhões de toneladas de insetos... acho que os humanos e os insetos vão povoar o planeta como praga...aliás, a praga já esta instalada há muito tempo, não é?? Mas não falo agora dos insetos. :D
Ontem fui procurar meus óculos.
Eu sabia que havia tirado no banheiro de baixo (meu banheiro esta com a resistência queimada e eu ainda não tive coragem de subir numa cadeira e tirar os parafusos do mesmo) pra tomar banho..então desci e fui apalpando as mesas para descobrir onde estava o precioso objeto que me faria enxergar melhor todas as coisas.
Não sou exatamente cega sem ele, mas é muito provável que eu não vá reconhecer seu rosto na rua se me deparar com você (conhecido, obviamente) se eles. Corro o risco de passar por você sem notar. Sem eles tenho dificuldades grandes de ver detalhes, limites bem definidos, situações por completo. Confesso que mesmo com óculos, todas estas coisas subjetivas continuam sendo uma dificuldade para mim, quando em estresse..mas digressão tem momento...e eu estou fugindo muito do assunto, como sempre.
Uma coisa que eu percebi quando estou sem óculos é que meu corpo assume a parte deficiente, recuperando o senso de ver tudo, só que por outros meios que não os olhos, deficientes pela falta de lentes corretoras.
Quero dizer que, mesmo sem óculos, ou de costas, posso sentir meu corpo arrepiar, sem controle da pele, que vai enrugando.. a nuca fica com os cabelinhos em pé. Meus olhos arregalam, querendo ver o que ainda não veem... e aí eu fico em alerta máximo...
Nostromo, com suas luzes piscantes, nave no meio do espaço..perigo perigo, perigo.."esta nave se auto destruirá em 5 minutos"..sabe???
E aí vou eu, lentamente me virando pelo ambiente, tentando, agora sim com os olhos, apertados para enxergar melhor, ver se acho no meio do borrão, a mancha que me indicará a posição correta do inimigo.
Luzes piscando, perigo, perigo...
Sempre acho. Ou uma enorme aranha, ou enorme taturana peluda grudada no armário, dura pelo tempo ali ficado, na construção de algum casulo para transformações miraculosas da Natureza.
Estas "manchas", peludas algumas, gosmentas ás vezes, despertam sempre esta sensação de perigo.
Esta era grande. Uma aranha peluda e enorme no chão. Parada, olhando com mil olhos para mim. Parada também, olhava com dois olhos míopes, nervosos por não ver direito. Meu corpo avisa sem parar do perigo eminente...e lá fui eu..tateando pela mesa, longe do monstro peludo...fui procurando a peça preciosa até achá-la finalmente perto da pia.
Coloquei o danado no nariz. Peguei meu chinelo lentamente e mirei na bicha. Eu não queria matá-la, como não matei. Eu só queria que ela soubesse que eu sabia. Sabe??
Atirei o chinelo no chão, que esbarrou em uma das pernas..ela virou de lado, rápida, mas não fugiu..enfrentou o chinelo com garras.. Meu Pai do Céu, pensei...ela deveria ter fugido e não ter ficado para enfrentar o inimigo..essa é das bravas. Confesso que ao ver a coragem da aranha eu acovardei ainda mais.
Corri. Fechei a porta. Mas essa estratégia de fuga não foi aprovada por mim. Não adianta mesmo fugir de seus medos... é melhor enfrentá-los enquanto estão no seu caminho, porque eles ficam por lá, escondidos no meio das roupas, dos objetos, e mais cedo ou mais tarde, eu terei que abrir aquele quarto e olhar tudo procurando por ela. Entendeu??
Enfrentar os medos é melhor, porque limpa o futuro..pelo menos daquele medo.
Com certeza haverão muitos.
Na natureza é assim..
Você não tem coragem???
Não quer viver perigosamente??
Não quer emoções e adrenalina??
Vem pra roça....
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