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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Unless...

"...unless there be a light beyond the dark roads that we still must tread, you and I"...



"No pé da colina Frodo encontrou Aragorn, parado e em silêncio como uma árvore, mas em sua mão estava uma pequena flor dourada de Elanor, e uma luz em seus olhos. Ele estava envolto em alguma memória justo, e como Frodo olhou para ele que sabia que ele viu as coisas como elas haviam sido neste mesmo lugar. Para os anos sombrios foram retirados do rosto de Aragorn, e parecia vestido de branco, um jovem senhor queda e justo, e ele falou palavras na língua élfica para alguém que Frodo não podia ver. Arwen vanimelda, Namarie!Ele disse, e então ele respirou, e retornando para fora do seu pensamento, ele olhou para Frodo e sorriu. `Aqui é o coração do Elvendom na terra", disse ele, 'e aqui o meu coração habita sempre, a menos que haja uma luz além das estradas escuras que ainda temos que trilhar, você e eu Venha comigo! ' E, tomando a mão de Frodo na sua, ele deixou a colina de Cerin Amroth e veio lá nunca mais como um homem vivo ".

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Tekoa Virtual Guarani



Tem muito blog por aí comentando o vídeo denúncia da "Tekoa Virtual Guarani".
Foi apresentado na abertura do Fórum Social Mundial 2012, com a presença da presidente Dilma Roussef.
Um destes momentos monstruosos de nossa estória. E o Brasil não sabe. Não ouve. Não vê.


Educação neste país falta mesmo.
Conhecimento também
Ler um livro abre mesmo a mente..leva a pessoa para mundos nunca antes vistos, abre a cabeça da criatura acostumada com seu metro quadrado, mas precisa modificar a alma do ser, o depósito da ignorância gigantesca que "atravanca o pogresso", que não tem nada a ver com livros e educação.

Estes índios, minha pobre avó analfabeta, são pessoas inteligentes, cheias de conhecimento, e querem ser respeitados.

Quem faz as leis, quem dirige, geralmente fez faculdade, leu muitos livros, frequentou universidades e dá palestras para o estrangeiro, cobrando fortunas para que suas vozes sejam ouvidas.
Educação para o povo realmente é necessário.
Mas mudar uma nação começa sempre por nós mesmos.
Eu acredito na massa crítica, que, quando atingida, renova o velho.
Quanto mais gente souber, quanto mais gente se indignar, quanto mais movemos nossos traseiros, mais ajudamos a transformar o mundo em um lugar melhor.

Começar em nós mesmos é o único meio que eu conheço, com ou sem livros, de transformar verdadeiramente alguém ou alguma coisa.
Fazer o meu melhor, mudar meus hábitos, olhar o próximo com olhos de respeito e dignidade.

Lutar como Turin Turambar, com espadas, com a força e a guerra...não sei não...Lutar com livros já é bem melhor.

Mas se é verdade que o mal no mundo é a soma de todos os nossos males...se o mal reside em cada um de nós e em toda alma humana. ou seja: o mal que existe no mundo nada mais é do que a soma do mal que existe em todos os seres humanos... animais não fazem o mal, plantas não fazem o mal...vejo as cobras que picam e matam ...gente, elas estão sendo cobras...se atacadas, molestadas, elas picam e matam..mas isso não é o mal.
O mal é um cara chegar na terra do índio, por exemplo, molestar velhos, mulheres e crianças, torturar e ofender mortalmente a criatura à ponto de deixar o suicídio como único caminho honrado. Isso é mal.
E se o mal que existe em mim se junta à todos os outros, acredito que, transformando a MIM mesma eu consigo fazer algo. Massa crítica atingida, o mundo começa a se transformar...mas para atingir a massa crítica, é só assim: um a um.

Saber faz toda a diferença. Ignorar é que não podemos mais.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Ziegfeld follies em 2012

Quando eu era pequena, beeeem pequena, eu vi na televisão um filme colorido por computador....era uma novidade, renovando as películas de filmes antigos, preto-e-branco que, na era da cor, não eram mais vistos. Todo mundo queria ver filme colorido.
Sentei na frente da televisão, e esqueci do mundo. Entrei naquela hora em um teatro, cheio de véus, um cenário rico em colorido (por computador), mulheres lindas, quase iguais, vestidas com roupas diáfanas, longas pernas molduradas por sapatos de altos saltos...tudo brilhava muito e a música fazia com que elas, as mulheres, cantassem e se mexessem pelo palco, em rodopios sincronizados.... tudo tão lindo...elas...o teatro, a música....tudo!!
Hoje eu sei que aquelas moças existiram de verdade, na Companhia de Flo Ziegfeld.
Peggy Hopkins Joyce

Hoje eu sei que um bom número de atrizes famosas na época saíram do palco dançante para as grandes telas de cinema.
Barbara Stanwyck

Hoje eu sei que elas enfrentaram todo tipo de preconceito social, moral...
Julanne Johnston

Mas, naquele dia, eu sabia que elas eram divinas, eu tinha certeza de que eu gostaria de ser uma delas.
Doris Eaton Travis

No fundo, acho que toda mulher tem um pouco de follies girls, ou pelo menos gostaria de ter, deveria ter...
Anne Lee Patterson

Mulheres, mulheres..
Neste site CENTENÁRIO edição limitada de cópias 1907-2007 - 100 Anos de as Ziegfeld Follies tem imagens que foram trabalhadas com modernas técnicas, melhorando as imagens em muito.

Mas não importa, né?? Seja em 1900 ou 2000, mulheres brilham...




sábado, 13 de outubro de 2012

Feira da Liberdade I

Eu escrevo no blog de forma "meio" aleatória, esquecendo se o assunto já foi contado ou não.
De qualquer jeito o fato ocorreu, não importa de que forma venha. Se já foi contado, sei que foi muito parecido com o que esta abaixo... ;D

Eu pintava quadros, dava aulas de pintura e durante algum tempo minha vontade era de expor minhas obras nas calçadas, como qualquer bom artista que se preze.
Eu queria estar nas praças, levanto arte, a minha interpretação de arte, para o povo. Queria contato, ver o rosto das pessoas entrando nas telas, conhecer novas pessoas, outros pintores, artistas de rua...cores.


Me inscrevi para ser um dos primeiros artistas para expor telas na praça da Liberdade, que era só para comida e artigos orientais. A prefeitura estava expandindo o alcance da praça, convidando artistas para exporem seus trabalhos nas imediações.

Depois de alguns meses, já havia até esquecido do fato, quando recebo um comunicado da prefeitura dizendo das condições para expor meus trabalhos na praça, definindo o padrão de listras vermelhas que eu deveria adotar no toldo de minha barraca, quais as condições de segurança (lembro que minha parte era pagar R$10,00 aos seguranças da praça para que passassem algumas vezes por domingo no quarteirão onde nós estávamos). Meu coração veio parar na garganta. Me armei dos documentos, dos R$ 10,00 levantei cedíssimo, pois a praça deveria estar pronta antes das 7 da manhã e fui para a realização de um sonho. Iria expor minhas obras na calçada de uma praça. Eu não podia me conter de felicidade.

Durante meses eu fiz a mesma rotina, todos os domingos. Acordava bem cedo, saía disparada com o carro (uma brasília branca, 'quase" nova, "quase" silenciosa, "quase" limpa), já carregado na noite anterior com telas, telinhas e telonas, com pequenos artigos com telas minúsculas pintadas com esforço de mãos e olhos. Estacionava longe da praça, pois os flanelinhas que "trabalham" lá ODEIAM quando os "artistas" estacionam os carros, "roubando" vagas que ficarão "ocupadas" o dia todo, sem render grana para eles. Afinal, eles ganham toda vez que saí um cliente e entra outro. Para evitar que aparecesse outro risco na lataria já gasta da brasília, estacionava longe, não tão longe que me causasse desconforto, nem tão perto que "desconfortasse" os tais flanelinhas..

Punha minhas peças e toldo num pequeno carrinho de mulambeiros, (sabe?? Descobri à duras penas que são os melhores para carregar pacotes desengonçados, em distâncias pequenas, e que possam ou não pesar mais do que conseguimos carregar nas mãos ou nas costas) e lá ia eu, alegre, levando o fruto do meu trabalho para o local de maior contato entre criador/criatura e o outro, aquele que contempla, que observa e participa da obra: a praça.

Vestido, pois a época era de calor insuportável, como descobri logo, e filtro solar, porque mesmo debaixo do toldo, a vida se esvai em calor e chamas, que sobem do asfalto e descem do céu, em forma de raios quentes e radiações de todo tipo. Mesmo sendo desconfortável, eu precisava ir de vestido. O calor era mesmo de lascar. Pensava em Lawrence das Arábias nos momentos mais quentes do dia, quando o calor que sobe desfaz a paisagem, criando impressões de movimentos e ondulações nas pessoas e coisas. Ria sozinha, vivendo aquilo tudo com a mesma emoção que o tenente inglês viveu nas areias de Damasco. Com vestido eu não poderia me sentar no chão sujo e rústico da praça, mas teria que sentar em ridículas cadeiras de Camping  onde mais se equilibra do que senta, tentando fingir conforto e segurança num objeto pequeno e titubeante no chão pouco liso e cheio de alterações de altura e textura.

Fiz amigos estranhos, como tem que ser as pessoas que frequentam este meio. Somos todos muito estranhos, não só no vestir, mas principalmente no agir. Diferentes.

Conheci um mágico, que nos domingos expunha lindos quadros infantis. Me deu seu cartão assim que me apresentei, e logo ficamos amigos. Me ajudou com a barraca (-Como se monta isso, sr mágico?) e começou a falar sobre a praça e seus frequentadores. Contou-me que havia chegado na praça fazia uns 4 meses, e que havia sido chamada para cobrir as desistências desta primeira leva.
-Foram muitos??
-Humm.... alguns!! - e me deu uma olhada marota - "-Aqui não é fácil, menina.... tem que ser louco!!".

Quando o sol se punha, pegava meus quadros (os que eu não havia vendido) já guardadinhos no tal carrinho de muambeiro, minhas sacolas (garrafas de água vazias, meu lixo, como restos de papéis e lencinhos umedecidos, um pote plástico com restos de algum lanche ou doce...lenços de papel, e é claro, um rolo de papel higiênico, disputado aos tapas quando o assunto é banheiro público) meus óculos escuros, minha pochete com trocos e cheques, moedas e balinhas de goma e lá ia eu, ás vezes acompanhada de alguém, conversando sobre alguma peça de arte, algum acontecimento do dia (e estes acontecimentos eram muitos...e todos os domingos...), algum comentário de um transeunte, uma festa ou uma cerveja.

Os domingos seguiram assim durante um bom tempo.
Aos poucos vou contando (até para eu mesma ler) tudo o que passei.
Vai ser divertido lembrar daquilo tudo.




sexta-feira, 12 de outubro de 2012

PDF da Revista Pandim JUL/2012

Visitando a net por aí me deparei com este site super legal, super alternativo, super moderno, super ecológico, com criações baratas, positivas para as pessoas envolvidas, tanto financeira como moralmente (afinal, todos nós, sem exceção, temos a obrigação moral de cuidarmos de nosso planeta, nossa casa azul), positivas para o planeta, para todo mundo.



http://moradadafloresta.org.br/PDFs_para_download/Revista_Pandin_pag%2028_31_por_um_planeta_melhor.pdf

neste link você encontra o PDF da Revista Pandin - "Por um planeta melhor".

Vale a pena dar uma olhada.
O site legal? http://www.moradadafloresta.org.br/



Passa lá!!
Consciência dói, mas faz um bem incrível dar ouvidos à ela....

Jornada VI - André Martins de Barros

Espanhol.
Nasceu perto da fronteira, e começa  a pintar om 15 anos.
Paris. Onde tem seu estúdio, perto do Molin Rouge, e pinta seus incríveis quadros surrealistas.

Vale a pena fazer essa viagem.
Vale muuuuuito a pena.










Vai visitar...olhar...viajar nas telas..

Aproveita!!



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Urna na roça, o doberman minúsculo e as voltas que o rio dá...

E na roça vai-se ás urnas votar naqueles em quem acreditamos para legislar por nós.
O que eu vi foi muita sujeira na rua.
Vi gente mal vestida, mal calçada, vi gente bonita e feia.
Vi muito animal magro, ferido, faminto e perdido na rua.
Vi o bar lotado de caipira pinguço, de peito de fora, chapéu de Cowboy na cabeça ignorante, "beudos" com cachaça de última, baratinha e cruel, fazendo que os estalos de língua sejam ouvidos do outro lado da rua.
Vi turistas, de chapéu na cabeça, óculos escuros, shorts ou bermuda, andando de mãos dadas, com família,

Vi cachorrinho pequenino correndo solto na estrada. Este eu até parei o carro, fechei o trânsito na estrada. O cachorrinho corria como louco, não se vendo as pernas finas e rápidas. Corisco canino, e os carros iam parando...a fila ia aumentando, aumentando, até que deu volta na curva, lá trás. Todo mundo me vendo correr pela estrada, atrás do pequeno que se escondeu como rato no meio do mato. O ônibus que estava na frente seguiu com o cortejo atrás,e era carro que não parava mais. Eu, vermelha, ofegante, recebia os elogios dos amigos motoristas. rs

Mico á parte, eu ainda penso naquele cachorrinho perdido, ali na mata, com fome talvez. Tinha coleira prateada, com dentes, lembrando um doberman minúsculo e assustado. Que pena.

Não sei se tem candidato descente. Se tem, eu não conheço. Justifiquei, já que meu título é de outra cidade. Abracei São Chico como morada provisória, até o rio me levar para outra curva...