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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Telefone na roça

Pena que eu joguei a carta fora. Sei agora que não deveria ter feito isso.

A coisa é que de vez em quando resolvo jogar fora tudo o que está parado, tentar arrumar o que está quebrado, dar o que ainda pode ser usado..e quando se joga aquilo que não vai mais usar é justamente quando se abre as portas para o Universo enviar alguém ou alguma coisa para pedir ou precisar daquilo que se foi lixo abaixo.

Bem, o assunto era a tal carta perdida para sempre. Mas para dizer o que havia nesta carta, eu preciso contar uma estória antes.
E a estória começa com minha vinda pro Shire. Entre outras coisas, na bagagem eu trazia uma linha telefônica recebida de herança, ainda da época em que se comprava ações da Telefônica. Vim pra roça com estas ações, e liguei pra tal empresa pedindo que a linha fosse ligada aqui em casa. Eu sabia que não havia telefone por cá, mas achei que pela expansão e por necessidade, logo teríamos o tal aparelho funcionando no mato.

A atendente me disse que meu pedido havia sido feito, que o técnico faria uma visita no local.
E assim foi feito.
Recebi algumas semanas depois a tal da carta, dizendo que o técnico havia visitado o local (meu sítio) e constatado que, para puxar uma linha telefônica era preciso eu comprar 4mil metros de cabos telefônicos e 8 postes, fazendo uma carta doando esse material para a tal empresa. E deveria depois pagar a quantia de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) para a dita.
Liguei pra empresa, pedindo explicações do montante. Não houve nenhuma. Assim fica fácil fazer expansão, às custas do assinante... que vergonha.

Agora me deu vontade de fazer o mesmo pedido. Vou ligar pra pedir uma visita técnica, e ver por quanto fica colocar uma linha telefônica aqui no sítio...quando eu receber uma carta deles, eu posto aqui pra todo mundo ver que isso não é conversa de pescador.

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