Hoje não tenho nada demais pra dizer. Não que eu não tenha feito nada; ao contrário, trabalhei, e muito, o dia todo.
E como foi meu dia? Maravilhoso.
Acordei cedo, e fui ver na janela o ar lá fora..se chuva, se sol...e tinha neblina, e isso é sinal de dia com sol forte, abrasante, na verdade. As 9 da manhã, 8 no horário normal, já estava quente aqui na roça.
Aí, como é de praxe, um café pretinho, na porta da cozinha.
Depois, ração dos gatos.
Roupa de guerra. Tá quente, então, roupa leve, mas não vestido, porque eu vou sentar no chão, pintar, subir escada...melhor calça curta, blusinha leve, cabelo preso porque ontem eu deixei ele solto e ficou cheio de fios manchados de tinta.
Desci a montanha. Enquanto minha casinha lá embaixo não fica pronta, eu durmo aqui na casa sede. Ela um dia já foi minha, mas agora não é mais.
Ração dos cães.
A montanha não é alta, mas a descida é brava. O chão estava úmido por causa do sereno da noite. Ainda tinha muito mato molhado, meu carro saiu da fita de concreto da estrada interna e "puff" bati numa pedrinha, que, se olhar pelo lado positivo, impediu que meu carro saísse deslizando montanha abaixo.
Seja lá como for, cheguei na minha casinha, que aqui no sítio Santa Roça recebeu o nome de "casinha da Curva", porque foi construída numa curva...(erghhh!!)
E aí, pintei uma porta, quatro janelas, patinei um aparador, uma janela, arrumei caixas e mais caixas, fui pra Monteiro, 11 km daqui. Fui olhando pro ponteiro do combustível, que estava cada vez mais perto do zero. Acho que imaginei as "tocidas" que o carro deu, perto da cidade. Foi perto. Cheguei no bafo.
Lá eu fui ver se meus caixotes de feira tinham chegado..nãooooo..buááááááá...
Mas peguei a roçadeira, enchi o tanque e fiz compras.
Entrei no carro e fui pra outra cidade, São Chico, que fica do lado de Monteiro.
Lá fui direta no depósito de material de construção. Comprei mais tinta, avisei que meu caseiro iria sair depois do almoço. Eu sabia que isso cancelaria o caminhão que estava pronto pra sair e fazer uma entrega lá no sítio. Marquei para amanhã de manhã cedo.
Voltei correndo pra casa. Deixei Dona Francisca arrumando a roupa da casa sede e já estava atrasada para juntar-me a ela lá na casinha da curva.
Era hora do almoço, mas nem eu nem ela paramos para comer.
A casinha da curva durante um bom tempo serviu de moradia para os caseiros que trabalharam aqui. E o estado das paredes, do banheiro, do chão, dos móveis..nossa. Que lixo, que sujeira, que nhaca. E tanto trabalho numa casinha tão pequenina.
Móveis reformados, alguns sem chance de reforma foram dados. Aqui na roça, o que não serve pra alguns pode muito bem servir para outros. Mas acho que isso não é privilégio da roça.
No final da tarde, descobrimos que as vacas do vizinho entraram pela porteira aberta...que droga. Dona Francisca me ajudou. Chamou meus cachorros e lá foi ela, pulando feito uma gazela pelo mato, tocando as vaquinhas fedidas que saíram correndo quando Melão e Zica saíram correndo atrás delas.
Fechei a casinha da curva. Eu já não aguentava mais. Meu celular, que não pega na roça, marcava 19:17 quando eu entrei no meu super cupê fiat way economic e subi a montanha, morta e louca pra tomar um banho.
Depois do banho, lazanha Sadia 4 queijos, enquanto falava com minha irmã pela net, MSN.
Aí, a hora do descanso.
Beijei meus gatos, desliguei todas as luzes da casa, desliguei os aparelhos das tomadas e fui dormir.
Bem, antes, é claro, sentei aqui pra escrever, nada demais.
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