Ontem estávamos no escritório quando ouvi um bater estranho de asas na cozinha. Pensei logo no imenso inseto que entrou ante ontem e ainda não tinha saído. Um inseto enorme, cheio de vigor e, pelo barulho que fazia ao bater nas paredes, devia ser duro como uma pedra.
Abri a porta do escritório devagar, temendo o tal inseto.
Da frestinha da porta pude ver o inseto entre os trilhos da porta do quarto. Estava lá, imóvel, bem posicionado, quase escondido, mas eu o vi.
Silêncio. Fecho a porta e volto para o trabalho, feliz de ter resolvido o estranho barulho. Mas foi só pensar assim e o tal volta a preencher o ar... que som estranho...são asas batendo, mas batendo em todo lugar, meio perdido, enlouquecido. Será outro passarinho???
Fui abrindo a porta do escritório e mirei logo o lugar do inseto. E ele estava lá, no mesmíssimo canto do trilho. Não foi ele, com certeza. Fui olhando em volta. Nestes momentos, eu percebo que meus olhos tomam o controle de quase todo o cérebro. Eu sou apenas olhos. Vejo chão e paredes, objetos, procurando algo que chame minha atenção.
Chegando perto da porta da cozinha, decifro o enigma das asas enlouquecidas: um morcego, preto, mas muito preto mesmo, virado de cabeça para baixo, só que, ao invés de estar no alto da parede, lá em cima onde não pode ser atacado, este aqui estava quase rente ao chão, com os pelinhos da testa quase raspando o chão de cimento queimado azul da cozinha.
Juntei minhas mãos e gritei: "- Pelo amor de Deus, é um morcego".
Reconheço que foi uma frase ridícula para se dizer num momento desses. um "Credo!!" seria ótimo, heim?? Mas não. Ainda fui piorar a cena, juntando as mãos, como em prece.
hahahahahahaha
Aí o marido/chefe sai do escritório, meio de má vontade... depois me confessou que, mais cedo, durante o começo da noite, chegara a ouvir a bateção de asas, mas abandonou a procura com preguiça de ver o problema naquela hora.
Tenta tirar o tal morcego com uma pá de piscina, com prolongador e tudo. De longe cutuca a fera. Um guincho horrível preenche o ar. Depois, um grito horrível abafa guincho e tudo fica pior: na hora que o morcego começa a gritar, eu começo a gritar, ainda mais alto e pior do que o mamífero.
hahahahahahaha
Marido fez uma cara feia, cobriu o morcego que não voava com os tapetes da cozinha e voltamos ao trabalho no escritório. O bicho ficou lá, para ser solto logo depois dos primeiros raios de sol.
Desapareceu nas árvores.
Deve ter contado o terror passado nestas horas de prisão em estranha trama de pano, para seus parentes, que, de certo, deveriam estar preocupados com sua ausência.
Ufa!!
Abri a porta do escritório devagar, temendo o tal inseto.
Da frestinha da porta pude ver o inseto entre os trilhos da porta do quarto. Estava lá, imóvel, bem posicionado, quase escondido, mas eu o vi.
Silêncio. Fecho a porta e volto para o trabalho, feliz de ter resolvido o estranho barulho. Mas foi só pensar assim e o tal volta a preencher o ar... que som estranho...são asas batendo, mas batendo em todo lugar, meio perdido, enlouquecido. Será outro passarinho???
Fui abrindo a porta do escritório e mirei logo o lugar do inseto. E ele estava lá, no mesmíssimo canto do trilho. Não foi ele, com certeza. Fui olhando em volta. Nestes momentos, eu percebo que meus olhos tomam o controle de quase todo o cérebro. Eu sou apenas olhos. Vejo chão e paredes, objetos, procurando algo que chame minha atenção.
Chegando perto da porta da cozinha, decifro o enigma das asas enlouquecidas: um morcego, preto, mas muito preto mesmo, virado de cabeça para baixo, só que, ao invés de estar no alto da parede, lá em cima onde não pode ser atacado, este aqui estava quase rente ao chão, com os pelinhos da testa quase raspando o chão de cimento queimado azul da cozinha.
Juntei minhas mãos e gritei: "- Pelo amor de Deus, é um morcego".
Reconheço que foi uma frase ridícula para se dizer num momento desses. um "Credo!!" seria ótimo, heim?? Mas não. Ainda fui piorar a cena, juntando as mãos, como em prece.
hahahahahahaha
Aí o marido/chefe sai do escritório, meio de má vontade... depois me confessou que, mais cedo, durante o começo da noite, chegara a ouvir a bateção de asas, mas abandonou a procura com preguiça de ver o problema naquela hora.
Tenta tirar o tal morcego com uma pá de piscina, com prolongador e tudo. De longe cutuca a fera. Um guincho horrível preenche o ar. Depois, um grito horrível abafa guincho e tudo fica pior: na hora que o morcego começa a gritar, eu começo a gritar, ainda mais alto e pior do que o mamífero.
hahahahahahaha
Marido fez uma cara feia, cobriu o morcego que não voava com os tapetes da cozinha e voltamos ao trabalho no escritório. O bicho ficou lá, para ser solto logo depois dos primeiros raios de sol.
Desapareceu nas árvores.
Deve ter contado o terror passado nestas horas de prisão em estranha trama de pano, para seus parentes, que, de certo, deveriam estar preocupados com sua ausência.
Ufa!!