Real Time Web Analytics

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

as fotos subaquáticas de Zena Holloway



Fotografia é um grande barato.

Sair com máquina fotográfica pelas ruas e captar na película um momento encantado.

Meu pai tinha sua sala de revelação de fotos..suas bandejas de líquidos diversos, onde a imagem se formava como por magia...

Fotografar debaixo d'água?





Pois esta é a especialidade da Zena Holloway, uma fotógrafa inglesa. Fez campanhas publicitárias de sucesso, como a da Nike Woman, e trabalhos no mundo dos sonhos embaixo da água, como na série Underwater.


http://www.zenaholloway.com/indexzena.html

Vale a pena visitar o site...

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Viva a Dodô magrela que se candidatou!

Na roça também tem candidato.

Tem o Joãozinho da farmácia. Vereador pelo PDS.
Tem a Dodô, minha amiga cozinheira do restaurante por quilo lá de Monteiro. Ela é do partido verde. Alisou o cabelo, deixou os dentes mais brancos. Sai de bicicleta, simpática, parando para conversar com todos.
Tem a Gracias, do Postinho de Saúde.
Tem o Alexandre, do Pesqueiro. Estes dias ouvi alguém chamando meu nome num semáforo, lá em São José dos Campos... Fui ver, era a esposa do Alexandre, distribuindo o "santinho" do maridão nas esquinas.
São todos crianças, que mal sabem ler ou escrever.
O problema não é não saber ler ou escrever... Minha avó era semi-analfabeta...quando criança, enfrentou o pai, homem ignorante e agressivo, e foi aprender a ler numa casa vizinha, com as amigas.
Durou pouco.
Mas ela morreu com 96 anos, lendo de tudo...devagar, quase sílaba a sílaba... orgulho de ser neta dela.
São crianças porque não sabem onde estão se metendo. Política já é uma coisa que permeia o pior da humanidade. Tem o que pode ter de melhor, na figura de homens que conhecem o mundo, as leis, o código da vida...mas, puxa...eu vejo os políticos lá da "terrinha"... são "putas velhas", que vivem contando suas aventuras com os recursos daqueles que votaram neles... tudo bem, não tem segredo nenhum.

Dodô é nascida e criada na roça... não é mulher boba, mas é mulher limpa, andando de bicicleta com um sorriso lindo nos lábios pintados, o que é uma novidade. Dodô sempre de touca na cabeça, servindo o povo com fome lá no restaurante.
Pintou os cabelos de vermelho chocolate, porque a dor de cuidar do pai (com Alzeimer e Parkinson juntos) tirou a cor e o brilho dos cabelos dela. Magra, de tanto fumar e de tão pouco comer, já que vivia correndo para cima e para baixo. Diia que o cheiro da comida já bastava.

Dodô quer melhorar de vida. Quer ganhar salário fixo. Não quer lutar por direitos de nada nem de ninguém. Dodô que arrumar um novo amor, porque o coração sofrido quer amar.
Começou a fazer estátuas, com argila. Colocou as peças no restaurante por quilo. Uma hora, alguém tirou lá do balcão para por os doces em compotas deliciosas, que vendem mais do que os estranhos seres eternizados na argila pelas mãos magrelas da Dodô. Homens rústicos saindo de algum objeto inanimado. Seres se contorcendo em quase agonia para explodir na argila dura e ganhar liberdade, liberdade que nunca vem, pois a cena da ruptura foi eternizada no forno. Não há mais conclusão. Apenas o quase despertar para a liberdade... mas ainda preso na pedra.
Acho que Dodô ainda se sente assim. Quer ser livre e feliz, mas ainda esta presa na pedra.

Tenho um pouco desta amiga valorosa e sorridente dentro de mim, correndo magrela em sua bicicleta, com cabelos vermelhos chocolate..lá na praça, falando de sua força e poder com o voto daquele que a ouve quase sem entender.
Vejo que o velho, sentado no banco da praça, em Monteiro, não tem dentes. Ri banguela e pega o papel que Dodô oferece..rs
Cena louca.


Neste ano não voto em ninguém.


Meu voto vai para Milhões de Dodôs que vivem pelo Brasil.
Meu voto vai para a esperança.
Vai para a vida.
Vai para o amor.
Vai pro Universo.
Vai pra você, pra ele, pra ela...pra todo mundo.
Não para um homem ou mulher.
Voto em todo mundo.
Voto no mundo todo.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A Máquina á jato e a cobra

Quem já fez reforma, sabe: o buraco não tem fim.
Se vai trocar a pia, o encanamento todo parece "fazer bico", e assim tudo cresce... e a compra de material não é nada ecológico, e nada barato. Reformar, penso eu, gasta mais do que construir do novo.
E o cartão de crédito aparece com aquelas contas enormes, resultados que doem na alma... ver tudo aquilo cair na conta, avermelhando minhas finanças...mas tudo bem.... tá ficando linda.
E aí vem a brincadeirinha de resgatar os pontos do cartão de crédito: pela pontuação, você escolhe o que quer ganhar: máquina de água á jato, claro...quem não pediria isso, no meio de eletrodomésticos, relógios, eletroeletrônicos..?? E lá veio a máquina de água a jato, pelo correio.
Caixa fechada, não tem jeito: lembra sempre presente, dá aquela sensação gostosa de que esta ganhando algo bem legal...sentada no quintal verde, cheio de árvores e pássaros, com meus gatinhos á volta, o som do rio finalizando a cena bucólica e real, pois eu estava lá, sentada, montando a máquina nova. Parecia uma metralhadora que cospe água fresca com força enorme.



Teste um: liguei a máquina sem ligar a torneira. Correria. Desliga a máquina, para não queimar. Corre para o tanque. Liga a torneira e...
Teste dois: beleza...jato forte, limpando o limo que deixou o chão, em volta da casinha de caboclo, preto e feio... era mais do que hora limpar tudo aquilo, e a chegada da máquina veio mesmo á calhar.
Teste três: madeiras amontoadas durante muito tempo sem mexer, aqui na roça, não é prudente, e na "lavança" toda, vejo no meio de algumas vigas, uma casca transparente na forma da cobra que a soltou ali. Meu coração saltou dos 80 para 180 batimentos por minuto em poucos segundos. A adrenalina já deixou me deixou alerta. Me sentia a tenente Ripley, andando na nave Nostromo, procurando a fera bestial que largara aquela casca no chão.



Lá estava ela...uma jararaca enrolada e nervosa, no meio da madeira, mostrando suas intenções de atacar caso eu chegasse mais perto..mas ela não sabia que aquela metralhadora em minhas mãos seria a arma certa para dar fim na besta... que se esconde no meio daquela madeira toda, forçando a buscar, uma a uma, madeirinha por madeirinha, pela cobra Jararaca.



Confesso que, ao ver o bobo do Bourbon chegando para ver o que acontecia, me deu arrepios. Meu gatinho é muito bobo, muito panaca, mal consegue matar uma borboleta que se debate no chão. Não sei o que eu fiz... castração não é lobotomia... mas ele é assim mesmo. Enorme e, tenho certeza, um nobre representante da família dos Garfields. E lá estava a cobra e meu gatinho Buba (apelido de Bourbon)..eu tinha que fazer alguma coisa...mudei a ponta, e o jato mudou para um leque lindo de água fria, suave mas ruim o bastante para mandar o gato boboca embora.



Agora éramos besta e eu, com meu lança-água á jato, com o bico de novo no tiro certo do jato forte..de madeira em madeira, fomos atrás da pobre da cobra... que no final das contas, aproveitou-se do ambiente e tratou de refugiar-se no meio do mato.



Lição aprendida... tudo limpo.
Nada acumulado.
Tudo fluindo.
É assim que tem que ser...