A primeira coisa que eu faço quando eu levanto da cama (depois do xixi urgente antes que pingue na calcinha) é olhar pelas janelas, vidros ou portas que me mostrem o exterior. Principalmente agora no inverno, quando a neblina deixa tudo branco, sem visão do em torno. Lindo ver toda a paisagem transformada por algo que não se toca, tão etéreo e improvável como uma nuvem ao alcance das mãos e meu bafo quente deixa riscos de água condensada na janela fria.
Diferentemente das noites, quando não se vê nada, o não ver nada da neblina vem carregado de quase ver, de "achos" que está lá, sabe??
Hoje, na bruma "avalônica", achei que vi um casal de tucanos. Os bicos, mexendo ora para um lado, ora para outro, lembravam braços em blusa amarela, gesticulando no meio da árvore.
E lá está "Seu" Pedro, desde cedinho (chegou com sua motinho, sem atrapalhar... estaciona, tira da malinha a garrafinha de café, seus óculos e materiais de proteção, prepara a máquina de roçar e desaparece) ou o que se ouve do "Seu" Pedro, sumido que está entre a névoa branca e as árvores. Ele é da roça antiga, dos homens de antigamente, que acordam as 4,30 da manhã, passa o café e vai tirar leite das vacas, depois dar milho ás galinhas, que pega na enxada, na roça, no pasto, onde for pra ele ir ele vai. Os moço da roça só querem saber de crack, é o que dizem as más línguas por aí. Verdade! Não digo todos, porque generalizar é coisa de gado. Mas é o mal do século. Muito ruim a situação por aqui.
É verdade também que tem moço da roça que não quer crack, mas também não acorda cedo, não rala com enxada, quer tablet e sorvete Kibon (já foi o tempo do sorvete de massa na banquinha da Rose, sabe?).
Tudo bem querer, né? Eu sei. Só que quer daquele jeito, encostado no pai, que ainda trabalha na enxada, porque não quer trabalhar firme. Quer celular, que não sabe pagar.
Sabe como eu vejo? Jeca Tatu tecnológico, moderno, cheio de botões e barulhos futuristas, mas ainda do mesmo jeito dantes.
Sacou?
Diferentemente das noites, quando não se vê nada, o não ver nada da neblina vem carregado de quase ver, de "achos" que está lá, sabe??
Hoje, na bruma "avalônica", achei que vi um casal de tucanos. Os bicos, mexendo ora para um lado, ora para outro, lembravam braços em blusa amarela, gesticulando no meio da árvore.
E lá está "Seu" Pedro, desde cedinho (chegou com sua motinho, sem atrapalhar... estaciona, tira da malinha a garrafinha de café, seus óculos e materiais de proteção, prepara a máquina de roçar e desaparece) ou o que se ouve do "Seu" Pedro, sumido que está entre a névoa branca e as árvores. Ele é da roça antiga, dos homens de antigamente, que acordam as 4,30 da manhã, passa o café e vai tirar leite das vacas, depois dar milho ás galinhas, que pega na enxada, na roça, no pasto, onde for pra ele ir ele vai. Os moço da roça só querem saber de crack, é o que dizem as más línguas por aí. Verdade! Não digo todos, porque generalizar é coisa de gado. Mas é o mal do século. Muito ruim a situação por aqui.
É verdade também que tem moço da roça que não quer crack, mas também não acorda cedo, não rala com enxada, quer tablet e sorvete Kibon (já foi o tempo do sorvete de massa na banquinha da Rose, sabe?).
Tudo bem querer, né? Eu sei. Só que quer daquele jeito, encostado no pai, que ainda trabalha na enxada, porque não quer trabalhar firme. Quer celular, que não sabe pagar.
Sabe como eu vejo? Jeca Tatu tecnológico, moderno, cheio de botões e barulhos futuristas, mas ainda do mesmo jeito dantes.
Sacou?
Não há mais Ankilostomina Fontoura (que coisa será essa??) que dê jeito.
Mas acho que está tudo dentro dos conformes. Quem quiser voltar para a terra vai ter que aprender (re aprender) a lidar com ela. Faz parte do resgate!
Vem pra roça!!!
Mas na boa!!