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terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Porco-espinho na madrugada estrelada

Ontem eu estava super cansada.
Acordei cedo, fiz café... cuidei do papai, lavei roupa, cuidei de várias refeições (com suco natural a tarde toda), fiz mais café e assim foi até 21:30.

Meu pai no banheiro..eu já estava falando para ele escovar os dentes... e foi só isso. O Resto foi loucura. Primeiro latidos doidos. Melão e Cuíca começaram a gritar..uivar..eu sai gritando da casa, pois eu sabia que algo estava acontecendo.


Deu tempo de ver a segunda onda de espinhos que o porco-espinho lançou neles. Coitados. Gritavam e esfregavam os focinhos no chão.
Cara, eu sou urbana. Vivo na roça, acho tudo lindo, maravilhoso, mas meu espírito é criança ainda na vida no mato. Ver meus cães daquele jeito foi horrível. Catei a Cuíca e arranquei alguns do focinho dela. Não deu mais, por causa do sangue que escorria, deixando tudo escorregadio. O porco-espinho estava pendurado na corrente da água da calha... estava lá, penduradinho, nervoso com aqueles monstros gritando e mordendo ele, justo ele. 

Bicho mais esquisito. Todo amarelo, parecendo de borracha...aqueles longos espinhos emborrachados.

Era tarde na hora que eu liguei pro veterinário. Ele já estava dormindo e disse que não poderia vir. Estava em outra cidade. Mas ligou para um amigo, que mora perto. Manda ele, agora. Ele veio. Cara de sono, óculos mal colocados no rosto jovem. "-Tudo bem...vivo disso!!". Achei graça.

Subimos a montanha na noite que foi uma das mais estreladas do ano.

Primeiro a Cuíca. Uma porta serviu de mesa, uma corda segurou o soro, uma gilete raspou os pelos da linda, que tremia. Não se mexeu, porque confia em mim. Mas tremia. Foi caindo no meu colo enquanto o anestésico ia fazendo efeito. Tirou 16 do céu da boca. focinho. boca.

Depois o Melão. Tirou muitos também. Foi tão bonzinho que o veterinário cobrou menos... :)
Ficaram os dois na lavanderia, para que quando acordassem não saíssem por aí, grogues. Podiam pisar numa cobra, cair no rio, vai saber... 

Ficaram lá, um deitado perto do outro, sem espinho nenhum. Aliás, ficou um espinho no queixo do Melão. Vai ficar com ele lá. Então vai inflamar. Tomou agora remédio para não doer. Tomou anti-inflamatório para não deixar pus no bocão.

Antes de sair, o veterinário ainda saiu comigo pelos redores da casa. Noite linda. Lanterna na mão. Olhamos telhado (o porco-espinho ficou por lá um tempo, mas já tinha saído), chão..tudo. Não era para o porco aparecer de novo. Vamos ver.

Hoje correram, brincaram, comeram. Não lembraram da noite ruim.
Mas quer saber? 
Que experiência.
E que maravilha, morar aqui no mato, ligar de noite alta para um veterinário e ele aparecer na noite, como um cavaleiro branco.
Vem pra roça, vem...



sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Os amigos do Brasil

O telhado de minha casa aqui na montanha está repleto de pássaros de várias espécies, atarefados com seus filhotes, a manutenção no ninho, limpeza, gaviões.
Da janela do escritório tenho a visão do paraíso em seu dia-a-dia. Movimentado por aqui. O tempo todo.

Ontem, um dos pássaros tomava banho na sacada. A poça de água, pequena demais, serviu muito bem de banheira. Pensei nas muitas formas de pássaros nas montanhas da mata atlântica aqui do sudeste ou nas vastas florestas tropicais, como na Amazônia.

Dia 10 de outubro morreu Adrian Cowell, o maior documentarista da Floresta Amazônica, com 77 anos, 50 dos quais dedicou a filmar e registrar questões de preservação e destruição, conflitos de terras, a situação dos povos indígenas, sertanistas, garimpeiros e fazendeiros. As sete toneladas de filmes de seu acervo estão na PUC de Goiás, onde pode ser apreciada por quem se interessa pela estória da maior floresta tropical úmida do mundo, com meio século de lutas de várias formas dos povos da floresta e dela própria, ponto fundamental da ecologia no planeta.

O mundo fica mais triste, mas por pouco tempo. Novos amigos do Brasil se juntarão á luta de preservação deste que é um dos maiores Patrimônios Verdes do Planeta, assim como em diversos biotipos do nosso planeta azul, a Terra, 3º planeta a girar em torno de única estrela, o Sol, na Via Láctea que navega veloz pelo Universo. É nosso único meio de transporte, de alimentação, de segurança no Universo inteiro... e não sabemos cuidar.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Ai que raiva que dá quando alguém destrói a Natureza


Aqui na roça se vive as conseqüências de seus atos como em qualquer lugar.
Se você passar a enxada de forma errada na estrada de terra, na próxima chuva a água vai levar terra embora, abrindo o buraco que você deixou lá, causando erosão. Para mexer numa estrada de terra, tem que conhecer da coisa. Eu vivo numa APA, então não podemos usar máquinas, abrir espaço pela mata, nada disso. Temos que agir de forma legal. A estrada de terra que fica dentro de casa foi aberta na enxada, de forma caseira, lenta e inexorável.iA polícia ambiental esteve no sítio. Disse onde podia, onde não  Não derrubamos uma única árvore, e não deixamos a terra em carne viva, vermelha, exposta. Foi tudo feito pensando na vida em torno, no conforto de todos os seres que andam por lá.
Quando tem bicho do mato passando, o carro pára, espera e observa. Silencioso, deixa o lobo guará passar, lindo e ruivo.
Na beira de riachinhos e córregos, a vegetação não é mexida. Não se corta, nem se "limpa" beira de rio. Fico ouvindo os "das antigas" daqui dizendo que é preciso limpar a beira do rio, como se lírios e outros "verdes" fossem "sujeira", sabe?
Meu vizinho de frente fez isso. Fomos falar com ele. Nada de novo. Xingou, reclamou, virou a cara. A margem "dele" do rio está cheia de areia, e a água do Rio do Peixe já levou boa parte da terra embora. Estes dias queimou a vegetação, numa queimada assassina e burra. Assassina por motivos óbvios, e burra porque na chuva que vier (e ela virá), a água vai levar mais um tanto da terra. É triste de ver a desolação do outro lado do rio.
Ai houve a denúncia. Do "meu" lado do rio, saiu gente com foto. Já ligamos para polícia civil, ligamos para a policia ambiental, ligamos para o prefeito.E sabe como acabou?? Pizza.
Parte da terrinha estragada do vizinho foi vendida. O novo proprietário "limpou" mais ainda a beira do rio, plantou estacas e levantou um barraco. Fossa na beira do rio, desmatamento, ruídos que espantam animais. Ninguém faz nada. Nenhuma autoridade toma conhecimento. O barraco está lá. Eles estão jogando tudo no rio.
Agora de manhã ouvi o som do trator..passou pela terra, descarnando ela, jogando pela beira as árvores que estavam "no caminho". O Danado do vizinho do outro lado do rio abriu uma estrada em menos de 20 minutos. O telefone que queimou em denúncias jaz na base. Não adiantou nada. As várias policias, a prefeitura... não veio ninguém.

Em quem acreditar? Em políticos? Como podemos mudar isso?
A única "arma" que eu tenho é a denúncia, e eu já acionei essa arma. NÃO ADIANTOU DE NADA.

Sabe, eu quero acreditar. EU QUERO MESMO.
Mas o ser humano, meu Deus!! Lento demais na sua evolução. Lento demais em mudar atitude. Gerações são necessárias para que algo pequeno mude.
Acreditar é tudo o que eu quero.
Acreditar que vai dar certo, apesar dos homens.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

OBRIGADA POR TUDO, SR. JOBS


terça-feira, 4 de outubro de 2011


Hoje eu acordei pensando no santo do dia.
São Francisco de Assis.
Dia 04 de outubro.

Por falar a língua dos animais, foi escolhido como padroeiro destes que são a base de nossa alimentação, da nossa vestimenta, de muitos de nossos remédios, cosméticos.
É por causa deles que temos o que temos.
E na minha casa, eu tenho a benção de conviver com animais. Felinos, caninos.
São tratados com amor, respeito, dignidade.
Não sofrem violência. Não são abandonados.
Não são amarrados, torturados, violados.


Se Francisco aparecesse agora, eu teria vergonha dos humanos.
Voce imagina Gandalf, Galadriel,  fazendo isso?
Você imagina laboratórios elfos onde os animais são cobaias??
Você imagina Gandhi, Dr. Dráuzio Varella, Mandella, apoiando isso??

EU TENHO VERGONHA DO QUE FAZEMOS AOS ANIMAIS.
EU TENHO VERGONHA DO QUE FAZEMOS AOS ANIMAIS.

FINGIR QUE NÃO SOU HUMANA NÃO ADIANTA!
DIZER NÃO Á VIOLÊNCIA ENTRE ANIMAIS É DIZER NÃO A VIOLÊNCIA HUMANA.

Um povo que maltrata seus animais, velhos, crianças, não merece o que tem.
E você sabe o que dizem??
Sabendo usar não vai faltar.
Não sabendo..... 





domingo, 2 de outubro de 2011

Diferença entre gerações

"Na fila do supermercado o caixa diz a uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”

O empregado respondeu: "Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente. "

"Você está certo", responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.

Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.




Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.



Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.




Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto.E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?


Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.


Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.



Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.



Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou se deslocavam de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.

Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não queira abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?”