Real Time Web Analytics

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Jornadas ??? Que número mesmo??

O nome dela é Albulena.

Os olhos azuis, os cabelos ondulados, castanhos claros.

O rosto de pele branca e macia, cheio de sardas ruivas.

Jovem artista gráfica de Kosovo.

É linda.
Trabalhos lindos. Albulena Panduri.

Animais, solitude, longas distancias para os olhos se perderem em pensamentos...

Natureza gigante e pessoas..poucas..mas em todos os seus trabalhos, apesar da solitude implícita, o humano está presente. O animal também.
Passa lá!!
http://www.behance.net/albulenapanduri

O rato roeu a farinha da Clau, que não era rainha de Roma

Eu Não sou porca.
Troco de roupa todo dia.
Tomo banho todos os dias.
Sei, de longe, quando minha louça não foi bem lavada por alguém que só queria me ajudar.
Lavo de novo, sem que meu benfeitor veja, para não ferir sentimentos, mas louça suja nem pensar.
Sempre ouço que ando cheirosa.

Tenho um rato dentro de casa.
Pronto! Falei!
Mas não é porque sou porca, não. Não há lixo acumulado, nem latas sujas largadas em meu terreno; acontece que estou na roça, onde tem bichos e bichinhos por toda parte.
Dona Francisca acha que o ratinho passa por debaixo do vão da porta, que é bem largo. Então eu estou me dedicando a costurar uma cobra, fina e comprida, em algodão colorido, para fazer uma linda peça cheia de areia, para colocar no vão e impedir que o tal roedor entre em casa.

Não vi o bicho. Vejo apenas seu coco, que fica espalhado pela prateleira, perto das farinhas, sabe?? Que nojo. Depois Dona Francisca lembrou que ratinho na roça é limpinho, é mesmo. mas é rato mesmo assim. Ela me ensinou como armava a ratoeira. E eu fui armar, deixar lá na prateleira onde o bichinho passeia. Na hora que eu fui colocar a ratoeira, ela desarmou nos meus dedos, e meu cabelo ficou cheio de restos de isca de rato...aiiiiii..que droga.. que raiva que deu!! Fora a dor, o cheiro no cabelo, a vergonha do erro...orgulho ferido!!

Armei a bicha na própria prateleira, claro, apenas da segunda vez cheguei à esta conclusão. Mas ficou lá. Armada. Não escutei quando desarmou, durante a madrugada. De manhã, fui olhar a armadilha, devagarinho, porque não gosto de fazer isso. Não gosto de tirar o bichinho dali, ele preso. Horrível, sabe??

Bom, fui devagar, olhando através do pires de vidro que estava na frente. Droga! Armadilha desfeita, pouco da isca espalhado pela prateleira, mas o resto foi levado. O rato ainda deixou um coco. Ele deve ser pequeno mesmo, pois o coco é pequenino. Que droga...

Volto quando tiver conseguido..
E aí?? Vai decidir viver no campo?? Na roça??

É uma emoção por dia, meus amigos.
Beijos.

domingo, 14 de julho de 2013

Vespinhas, estouros e a festa de Santa Ana

Olha só como as coisas na roça deixam de ser calmas de uma hora para outra sem ser aquela loucura de violência e destruição que logo vem á cabeça quando se fala em "loucura"...
Quando digo loucura não me refiro então às coisas que não tem solução, como morte ou doença grave...loucura é loucura mesmo, quando eu levanto e olho para a janela e dou de cara com um enxame enorme de vespas procurando uma casa para se enfiar debaixo de alguma telha ou no chapéu da lareira. A cena é uma loucura de se ver, pois são dezenas de dezenas destas bichinhas cheias de vigor e destemor. São pequenas, mas seus ferrões doem demais, para quem já foi picado e que sabe dos dias engolindo aquele ardor na região picada.
Aí sabe o que eu faço?
Eu saio correndo fechando portas e janelas. Não quero dúzias destas voadoras entrando à toda atrás de mim aqui dentro de minha casa. Desaforo seria, não??
Então fecho tudo. Aí, no fogão e na lareira, faço fogo, porque ai a fumaça vai espantar as ditas, que assim procurarão outro lugar para fazer sua preciosa casa.

Loucura, né?? Ou não??

Loucura acordar com estouros na caixa de eletricidade. Aquela que ninguém aqui em casa chega perto sem sentir medo. Sim, porque ela dá um certo temor, quando se pensa que a eletricidade vem debaixo da terra, puxada pelo Rodrigo, que subiu pela montanha trazendo cano, e depois subiu levando o fio de cobre, e depois desceu com o fio, para dar o "retorno" lá embaixo. Algo assim, que confesso, não entendo direito. E por não entender, temo. Sacou??
Aí, com tanto estouro, fomos para Monteiro, procurar alguém (depois do café com pão e manteiga e suco de laranja, lá na padoca do Marcos e da Marisa). Foi o Marcos quem me indicou o Valdir, que veio na sua moto ver o que podia fazer para acabar com os estouros. Voltamos para casa e lá no alto da igreja vimos a festa da turma aqui da roça para Santa Ana. Chegamos na hora do leilão de porcos e bois já mortos, limpos devidamente, leiloados para as pessoas na região, arrecadando dinheiro para a Igreja Católica, que vive do amor dos fiéis, que lotaram a construção azul típica de bandeirinhas coloridas, carros estacionados pelas montanhas... Estava cheio mesmo.

Agora tudo resolvido.
Eletricidade feita, arrumada...banho tomado, louça anda vou lavar.

Mas a festa tá lá...
Vem pra roça, vem!!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Geléca de aranha

Fui ajudar lá no barracão. Olhei quando o Clau tirou o baú velho de madeira do canto... a forma estava no fundo, uma pelota marrom em fundo azul.
Pelota escura, com patas bem firmes na madeira e um ferrão em riste, avisando que estava pronta para o embate.

A aranha era realmente enorme.
Eu me afastei.
Fiquei atrás do Clau, que levantou a vassoura e plaft!

E foi ai que, da barriga amassada, voou uma gosma BEM NO MEU OUVIDO, CABELOS...foi horrível.
Gritei abafado, o Clau me ajudou a caminhar até o esguicho que estava aberto.
Usei da água e fui lavando tudo.

Um nojo.
:D