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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Dia do Planeta Terra II


Depois que meu lado Eco Ativista meia boca declarou sua opinião sobre a humanidade, deixando bem claro  o que acha dela, eu venho aqui apresentar um outro lado meu, mais otimista em relação a humanidade, um lado mais espiritualizado, que acredita que aos poucos, em passos bem lentos, a humanidade caminha.
Caminha para a Luz, para a Consciência, para a Paz. 

E aí, enquanto a Luz tá longe, não custa iluminar o chão com ideias criativas para ajudar a não destruir mais do que já está.

Enquanto a Consciência tá longe, vamos conversar sobre alternativas produtivas, auto suficiência em áreas pouco desenvolvidas, como energia alternativa, por exemplo.

Enquanto a Paz está longe, vamos agir com mais amor, mais paciência, para compensar o desequilíbrio da balança.


Um homem leva três anos para conseguir uma imagem, algo fugaz quanto um segundo, pelo prazer da captura eternizada deste mesmo momento de Luz, Paz e Amor diluídos no prazer da foto.
Nosso Planeta é lindo, lindo, lindo, lindo!!
Cheio de prazer.
Cheio de vida.

Somos abençoados.

TODO DIA É DIA DO PLANETA TERRA!

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dia da Terra


Saber que hoje o dia é de comemorar o Dia do Planeta não me faz sentir nada de festivo dentro do peito.
Duvido que a consciência do verdadeiro estado do planeta em nossas mãos traga algum tipo de estado comemorativo no ser.
É a mesma coisa de qualquer dia de comemoração: quem quer saber da real situação indígena em nosso país?? Em nosso planeta?? Quem comemora o Dia do Índio?? Que índio sente a dignidade forte na alma dolorida de abandono e fome de justiça??

O que os animais diriam no dia do Planeta??

O ser humano é um vírus, um monstro deformado pela ignorância, pela crueldade, pela falta de amor e empatia. Talvez Melkor tenha habitado em nós desde a grande sinfonia, e talvez sua força esteja para todo o sempre destinado a corromper a forma divina. Seja pela inveja, pelo ciúme, seja lá qual for o motivo para destruir algo tão grandioso como Ëa. 


O que as plantas diriam no dia do Planeta??

Destruímos tudo.
Construímos nossas vidas em cima dos materiais retirados sem dó deste planeta lindo.
Não somos capazes de criar uma única forma sequer de vida.
Atacamos, prendemos, torturamos e condenamos animais de toda espécie, desde muito tempo atrás.

Uma pena que nosso planeta tenha que depender de seres como nós, humanos, para bem viver no Universo.




Sabão de cinzas

E aí eu fui pra cidade vizinha, 10 km de distância aqui no sítio.
Fui curtindo a paisagem, as montanhas lindas, os sítios, as casas que vão surgindo na beira dela ao longo dos anos, construídas às vezes sem documentação, sem licença da prefeitura. Na volta eu vi um carro da prefeitura mesmo, com o prefeito numa conversa com o pessoal de uma das casas. No fim, eu acho que estão todos envolvidos porque a construção saiu, tá lá, ninguém nunca falou nada. O cara que vendeu era amigo de uns e outros...algo assim. Como sempre, no interior isso é endêmico. Nas cidades grandes ainda procuram esconder, mas aqui não dá. Liguei para a prefeitura reclamando de um trator abrindo espaço no meio de árvores. E enquanto falávamos com o ajudante do prefeito, percebemos que o trator era da própria prefeitura que hora falava conosco pelo telefone. Eles mesmos estavam derrubando árvores para o amigo, dono do sítio, entende?? Eu não consigo acreditar, ás vezes, nas coisas que eu vejo.

Digreção á parte, lá fui eu para a cidade vizinha. Fui comprar material de limpeza básica aqui da casa. Entre os itens da lista pequena, eu destaco a soda cáustica, sumida do mercado. Fui comprar na casa de ração. Hoje é dia de fazer sabão, pois as garrafas de óleo precisam sair do chão, sabe?? estão lá, perturbando a harmonia do lar. O sabão já esta acabando, então a soda hoje vai queimar na água..rs. Tenho que tomar cuidado para os gatinhos não respirarem a fumaça que sobe da reação química. Não quero nenhum gatinho morto por asfixia.
Comentei com minha ajudante, dona Francisca, sobre a qualidade da nova soda. Eu sou uma principiante neste processo todo alquímico de transformar óleo em sabão limpo. Fiquei receosa de estragar todo o óleo acumulado e estocado, só porque comprei a soda errada, sabe?? Aí ela comentou de vizinhos que, neste final de semana, estiveram com ela numa comemoração religiosa, que agora eu não lembro mais qual foi. Os vizinhos, idosos de mais de 80 anos, comentaram com ela que nunca haviam usado shampoo. Lavam suas cabeças com sabão feito de cinzas de fogão a lenha, de certo na água aquecida pelo mesmo fogão, o que é incrível. Ainda se encontra gente que não usa coisa moderna. E ainda mais uma coisa: como os parentes sabem dessa forma de higiene, providenciam as cinzas para o feitio do dito sabão, porque o sabão de cinzas precisa de grande quantidade delas para ficar "bão" de verdade. Milagre. Se recusam a comprar esses potes coloridos de sabão para cabeça. Primeiro porque são muito pobres e depois porque o costume faz com que neguem a modernidade. Mesmo com parentes comprando, eles se recusam a usar. Para que mudar agora se a vida toda foi lavado com sabão de cinzas??

2013 é um ano de mudanças.
Não é muito aconselhável bater de frente com Saturno neste ano, né??
Se é pra mudar, vamos lá... mudanças fortes, regidas pelo engolidor de filhos...pelo Tempo!!




sexta-feira, 12 de abril de 2013

Coisas da roça....

Hoje acordei com o sol nascendo lá na paisagem cheia de nuvens brancas...
Levantei porque o som dos bichos andando pelo forro me deu nos nervos... não saber, ao certo, que raio de bicho é esse, que corre pelo forro do telhado com uma desenvoltura enlouquecedora, por toda parte vejo as fregolinhas no chão... farelos de um pó esquisito....aiiii..o que eles estarão roendo???

Os cães estão lá na porta de entrada, abanando os rabos. Lindos e danados, estes cães!! Tenho um medo enorme que eles saiam correndo atrás de animais desavisados e calmos, pela estrada afora, como já vi fazerem algumas vezes..é uma loucura acompanhar a forma como estes animais se comunicam. Muito violento para meu gosto. Mas, como o povo aqui na roça gosta de dizer: "- Eles se entendem!".

Mas...os cavalos do vizinho estão soltos pela estrada de terra, como se o mundo fosse o quintal do vizinho, sabe?? Ele deixa tudo aberto, porteira, portão...e os cavalos, vacas, porcos e demais itens que não devem faltar numa boa fazendinha, andam soltos pela estrada, e meus cães correm atrás, mordendo patas...

Mas o dia promete ficar lindo, com todas estas nuvens brancas pelo chão. Fog londrino em plena roça.

Hoje estou feliz porque minha ajudante, Dona Francisca, vai poder lavar tudo com água que está vindo lá da vizinha, Stellinha. Graças a Deus, tudo acabou bem. Digo tudo me referindo á novela da Heleninha e seu Joãozinho. Acho que já devo ter contando deles...impossível não tê-lo feito. Mas, como disse alhures, se disse, conto de novo: quando eu vim pra roça, não conhecia ninguém, não sabia de brigas de família nem nada disso, estávamos construindo uma casa, e ficamos sem água, líquido tão preciso, porque Heleninha e seu Joãozinho não gostavam no moço que fazia minha casa. Por causa da briga entre eles, fiquei sem água,  e isso eu não vou perdoar na Heleninha e seu Joãozinho, que vieram avisar, orgulhosos, nojentos, ainda abanando o canivete nas mãos, que não tínhamos mais água... Falaram rindo da nossa cara espantada por nos vermos no meio de uma enorme confusão familiar, gaiatos. Agora dizem que ela é legal... NÃO FOI PARA MIM, então... fico eu com minha impressão deles, tão real quanto a outra.

Mas a vida dá voltas, com certeza que dá. e A Heleninha e seu Joãozinho venderam a casa deles para a Stellinha, que, de forma diferente, assim que nos viu na rua, gritou que agora teríamos água... e assim dito, assim feito. "Seu Dito" veio puxar o cano, trazer a água até a caixa vazia. Do jeito da roça, único jeito conhecido por aqui: apesar da nossa pressa, "Seu Dito" demorou para vir fazer o serviço... foi plantar milho...rs!! Tudo bem...esperar o plantio do milho, para quem já esperou 8 anos, vai bem!!

Depois do milho plantado, a água jorrou na roça. Finalmente.

E os dias vão passando, um depois do outro, cada um diferente do anterior, embora igual em muitos pontos.

Cidade continua cidade, e roça continua roça.

Não quero mais cidade. Meu pai morreu. Minha irmã agora é livre para nos visitar... e nós não iremos mais á city com tanta frequência. Não há mais tanta urgência. Roça na veia, agora e cada vez mais.

Vou sair do computador... hoje tenho sabão para fazer...Coisas da roça...

terça-feira, 9 de abril de 2013

Léozito

Domingo, dia 07 de abril de 2013, o corpo de meu pai foi cremado. Acompanhar o desenlace deste querido companheiro de vida foi uma honra. E outra honra sem tamanho é ser irmã da Paula. Só tenho a agradecer. Foi tudo lindo. Mesmo o sofrimento dele foi amenizado, por tantos sentimentos (merecidos) de carinho que vieram de toda parte, por tanto respeito dos enfermeiros, que cuidaram dele como se meu pai fosse o pai de todos. Suas cinzas será jogadas aqui no sítio, completando o ciclo natural da vida. Sinto-me privilegiada pelo Universo, pela Vida.

Até breve!!